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Dark-Fenix

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24
Set13

Opinião Semanal 73 - Ozymandias

Dark-Fenix

 

É sempre complicado chamar algo de perfeito, porque perfeição é uma utopia, mas Ozymandias, o episódio 14 da 5ª temporada de Breaking Bad, chegou a esse nível. O que Vince Gilligan, e o resto dos roteiristas, fizeram nesse episódio é algo nunca antes visto na televisão, algo que irá ficar para a história e será visto como padrão de qualidade não apenas no que diz respeito a séries, mas a todas as obras de ficção, porque Breaking Bad com este episódio não apenas se equipara às melhores séries de todo o sempre, mas como também aos monstros aclamados do cinema.

 

Durante o post dei várias boas notas, muito bons, excelentes e até mesmo um épico, mas nenhum manga ou série comentada neste post chega aos calcanhares do que Breaking Bad fez neste episódio. Para quem não assiste a série esta introdução pode parecer um exagero, um enorme exagero, mas quem assiste sabe que todos os elogios do mundo não chegam para representar a qualidade deste episódio. E para quem tem dúvidas, fica aqui a página do episódio no imdb, com um enorme 10 redondo, nota nunca antes alcançada na história do site.

 

Mas deixando Breaking Bad de lado, uma excelente semana para a maioria dos mangas e séries comentados no post, à excepção claro dos dois do costume, Under the Dome e Dexter. Esta semana não terá o espaço cinema, como ultimamente não tenho visto muitos filmes o espaço iria ter no máximo 2 ou 3 filmes por semana, logo será quinzenal, apesar de estar a pensar na possibilidade de se tornar mensal (depende do nº de filmes ver por mês), ou seja para a semana volta.

 

E peço desculpa pelo atraso, principalmente para quem só lê a parte dos mangas, porque essa parte ficou bem curta esta semana e não foi de todo o motivo do atraso.

 

 

Espaço Mangas

 

Sem One Piece e Bleach o espaço mangas acabou ficando muito curto, por outro lado Shokugeki no Souma está de volta ao espaço, apesar de ainda não estar totalmente em dia com o manga. Como disse vou dar uma pausa em Bleach por pelo menos uns 2 meses, para confirmar a teoria de que Bleach lê-se bem é por volumes e não por capítulos. Além dos que comentei, estão no post os habituais, Naruto, Jako, Toriko e Fairy Tail. Baby Steps também, apesar de que pelo que parece vai voltar a ser pausado. Kuroko finalmente está em dia e agora é rumar até ao final do manga. Por fim, o terceiro capítulo de Arslan Senki. Também dizer que não houveram realmente capítulos maus, o que é sempre bom sinal.

 

8ºFairy Tail 351 (Razoável):

 

Até parecia Bleach, nem demorei 2 minutos para ler o capítulo, de resto Natsu sendo o Natsu e esperar pelo próximo capítulo para saber o que irá sair desse dragão ser a chama da vila.

 

7ºKuroko no Basket 229 (Bom):

 

Capítulo típico, e essencial, de transicção. Agora resta esperar pelo jogo final do manga e também pela confirmação de se o manga termina depois deste jogo ou se irá continuar. Página dupla excelente.

 

6ºJako 9 (Bom):

 

Faltando apenas dois capítulos para o final a história ganha o seu rumo e conecta praticamente todos os pontos principais. O problema do capítulo é o do costume, pouca coisas acontecendo no capítulo, cada vez mais perto do capítulo final e ainda sem muita coisa feita e sem espaço para fazer muito mais, mas como já tinha dito na altura que comentei sobre o manga pela primeira vez, é algo que de certeza funciona melhor como algo fechado, então esperando o final para poder fazer uma melhor análise ao manga.

 

5ºBaby Steps 14-15 (Bom):

 

Sem muito o que comentar, foram bons capítulos, dedicados ao desenvolvimento do personagem e à sua forma especial dele ser bom no ténis. A parte de dividir a quadra em quadrados foi interessante, sobretudo na partida contra o Takuma, onde o E-chan percebe que num jogo a sério as variáveis são muitas e quase impossíveis de prever, e que nesse momento a qualidade se sobressai à inteligência, sendo essa a sua maior fraqueza, algo que deverá ser o destaque dos próximos capítulos.

 

4ºArslan Senki 3 (Bom):

 

Sem dúvida o melhor dos 3 capítulos até ao momento, as minhas únicas ressalvas continuam a ser o protagonista e o sentimento que fico ao terminar de ler os capítulos de que já não é a primeira vez que leio esta história. Dito isto, boa ideia de colocar o mapa numa página dupla para iniciar o capítulo, também uma boa ideia recapitular o que aconteceu anteriormente, pessoalmente lembro-me bem do que aconteceu nos dois capítulos anteriores, mas sendo um manga mensal é bem normal os leitores se esquecerem, principalmente quando a história não é propriamente empolgante.

 

Num manga shounen, com os seus habituais exageros, quando os autores incorporam muitas mortes normalmente tudo fica com ar de gratuito e sem a devida importância, em Arslan Senki as mortes não pareceram gratuitas e isso é essencial num manga sobre guerra, porque mortes são importantes, mas mais importante ainda é elas terem significado. Agora com o rei morto e com o exército praticamente dizimado e com tudo contra o protagonista, o manga dificilmente fugirá do cliché do protagonista e o seu braço direito viajando pelo mundo à procura de respostas e de certa forma por vingança.

 

Se a autora conseguir fugir dos cliché se principalmente da ideia de Dejavu constante, Arslan Senki até tem capacidade para funcionar e neste capítulo mostrou isso, mas se tudo continuar previsível será difícil construir uma boa história. Apoiaria um novo time-skip para mudar de vez a personalidade do protagonista, mas se a autora não mudou antes duvido que o faça agora.

 

3ºNaruto 647 (Muito Bom):

 

Antes dos elogios volto a tocar na mesma tecla, para quê os momentos de comédia? Naruto está quase parecendo Bleach, com essas doses de humor nos momentos mais errados possíveis. Além disso continuo sem entender o porquê dos ninjas randoms estarem ali, a sério, tirando aquele ânimo que deram quando chegaram ao campo de batalha (algo que só serviu para o nº, e nem isso foi bem feito, porque o animo seria o mesmo se aparecessem só Shikamaru e companhia), o que mais fizeram além de causar problemas (não servirem para nada e ainda precisarem de ser salvos)? Esta é a guerra dos melhores, então que os fracos se afastem e deixem os adultos (no caso metade ainda é criança) lutarem.

 

Dito isto que fantástica sequência final, desde o ataque do Sasuke até à conclusão do capítulo, era exactamente isso que queria ver na sequência do capítulo anterior, mas até chegar a esse momento foi preciso aguentar 13 páginas sem propósito algum, ok, algumas até tiveram (chegada de personagens importantes), mas 3 ou 4 páginas era o suficiente, ou então englobavam no flashback do final do capítulo, como o Kishimoto acabou fazendo por alto. O Kishimoto sabe o que tem de fazer para criar um bom capítulo, tanto que de vez enquanto saí sequências extraordinárias, mas é extremamente inconsistente, mesmo que não chegue ao nível do Kubo. Seja como for adorei toda a sequência desde o ataque do Sasuke e bem que o Kishimoto no próximo capítulo poderia continuar a focar nesse aspecto e deixar os randoms e a comédia de lado, nem é que ele seja mau, apenas este não é o momento.

 

2ºShokugeki no Souma (Muito Bom):

 

Ainda não me actualizei totalmente com o manga, fiquei pelo final do arco do acampamento de treino, até para poder comentar sobre algo mais fechado na volta do manga à Opinião Semanal. O manga continua surpreendendo e fechou muito bem o arco, claro que continuam aqueles pequenos detalhes que podiam ser melhorados (como não ser preciso o Souma passar à rasquinha no teste), mas nada que atrapalhe realmente a leitura.

 

Além desse breve elogio não tenho muito o que comentar, apenas esperando pelo que o futuro reserva para o manga, já que voltando à escola deve começar a existir uma rotina e isso pode ser, ou não, um problema para o manga. Espero que não e pelo que os mangakas têm apresentado até agora acredito que consigam contornar esse problema. Até porque ninguém merece que Shokugeki no Souma vire mais um Nisekoi, até porque o que não falta na Jump actualmente são mangas com temas repetitivos, independentemente da sua qualidade.

 

1ºToriko 250 (Excelente):

 

O Shimabukuro continua a apresentar capítulos para aumentar o hype e sem dúvida estão a fazer efeito, o manga está excelente e esses exageros continuam a funcionar bastante bem, pena que a luta continua sem andar realmente, por agora prefiro não criticar antecipadamente, mas apenas deixo aqui um breve receio que tenho de que a luta em si pode muito bem não vir a acontecer e o flashback ainda veio aumentar mais os meus receios.

 

Depois de nos comentários ter criticado o facto do Kishimoto adorar colocar flashbacks do nada, não é que o Shimabukuro me vem fazer exactamente o mesmo? É a melhor altura? Não, ficaria melhor depois do desfecho desse combate. Mas igual a muitos flashbacks de Naruto também este tem tudo para ser bom, mesmo vindo num timing totalmente errado.

 

 

PS: Esta cena fez-me lembrar bastante de Sin-chan.

 


Espaço Séries

 

Como tinha dito anteriormente, com a chegada da Fall Season o aumento no espaço séries iria aumentar muito, mesmo muito, esta semana são apenas 9, mas para a semana irão passar facilmente de 20, com isso vai-se tornar complicado fazer análises mais detalhadas dos episódios, logo vejam este espaço (e de certa maneira também o de mangas) mais como um breve comentário sobre tudo (ou quase tudo) o que assisto.

 

Under the Dome despede-se, pior do que nunca, quem também esta pior do que nunca é Dexter, que já terminou, mas por agora irei apenas comentar sobre o penúltimo episódio. Mas tirando esses dois desastres é só coisas boas esta semana, Sleepy Hollow surpreendeu, The Legend of Korra também regressou muito bem para a segunda temporada, mas foram as comédias que dominaram esta semana, Big School continua muito bem e recomenda-se, Brooklyn Nine-Nine teve uma excelente estreia, Orange is the New Black é a melhor nova comédia do ano (se der para chamar uma série de quase 60 minutos de comédia) e Its Always Sunny in Philadephia volta melhor do que nunca para a sua nona temporada, mostrando que nem todas as séries de comédia se perdem com o tempo, algumas se tornam ainda melhor. Por fim, a perfeição existe e chama-se Ozymandias, o episódio 5x14 de Breaking Bad e provavelmente o melhor episódio de sempre já feito para televisão. Acabei entregando as posições, mas quis introduzir de forma rápida as séries e agora também já não irei mudar só para fazer suspense.

 

9ºUnder the Dome 1.13 (Fraco):

 

Já tinha ficado claro ao longo da temporada, mas nada melhor do que o episódio final para poder confirmar totalmente as suspeitas. A série foi vendida como mini-série (apenas uma desculpa para caso fosse um fracasso ninguém poder dizer que foi cancelada), mas a ideia dos produtores sempre foi alongar a série (e tendo em conta o final da primeira temporada, por quanto mais temporadas melhor) e isso vê-se claramente no final do episódio, nunca na vida que isto seria o final de uma série, nem de uma boa temporada o é, quanto mais de uma série.

 

Tudo mal de mais, perguntas e mais perguntas e nenhuma resposta, este vídeo do talk show do Conan O’brien representa na perfeição a série. O pior é que desde o primeiro momento que peguei na série já sabia onde tudo iria dar, mas por causa da minha enorme curiosidade acabei indo assistir ao piloto (que até foi bem bom, muito bom) e pronto depois continuei a assistir para ver onde ia dar, infelizmente as piores expectativas confirmaram-se. Além disso a série já estava marcada para ser má desde a nascença, afinal foi exibida pelo canal CBS, contam-se pelos dedos o nº de boas séries que passou pelo canal.

 

PS: No comentário abaixo sobre Sleepy Hollow comento de várias outras séries parecidas com Under the Dome, o mais irónico de toda a situação é que The Event, Flashforward ou até mesmo Terra Nova conseguiram fechar a primeira temporada (e no caso única das 3 séries) bem melhor do que Under the Dome e esta última foi a única a ser renovada para segunda temporada. O que prova que provavelmente a única coisa que salvou esta série de não ser cancelada foi o facto de ter estreado no Verão e não na fall season.

 

8ºDexter 8.11 (Fraco):

 

Sempre foi melhor do que o episódio da semana passada, mas as críticas continuam e as inevitáveis comparações com Breaking Bad também. Enquanto Breaking Bad dá o pior final possível a Walter White, Dexter dá um final cor-de-rosa ao seu protagonista, enquanto Breaking Bad faz questão de colocar Walter White como o foco da temporada, Dexter faz questão de deixar o seu protagonista o mais afastado possível dos holofotes, enquanto Breaking Bad apresenta uma das temporadas mais surpreendentes da televisão, Dexter apresenta uma das piores desilusões da história das séries. Enquanto um faz tudo, mesmo tudo, certo, outro faz tudo, mesmo tudo, errado.

 

Sinceramente nem sei por onde começar a crítica ao episódio em si, tudo está errado e como fã sinto-me realmente ofendido com esta última temporada, principalmente quando leio que os produtores estão felizes com a desgraça que criaram. Esta temporada no máximo dos máximos deveria ser escondida ali pelo meio da série para ser para sempre esquecida, e em vez disso é a temporada final. Até diria que a série deveria ser renovada para pelo menos terem a oportunidade de arranjar um melhor final para o Dexter, mas acho que se lhes dessem outra oportunidade o mais provável era fazerem outra desgraça igual a esta temporada, senão mesmo pior, então mais vale ficar quieto. Pelo menos dessa maneria o saldo ainda é positivo, afinal 4 temporadas excelentes, para 3 medianas e 1 fraca, sempre equilibra a balança.

 

Agora um elogio com sabor amargo, até porque isso é o máximo que dá para elogiar Dexter nesta temporada. Este episódio marcou o final do Dark Passanger, que tanta importância teve na série, mas que nesta temporada estava praticamente esquecido, principalmente depois dos episódios iniciais. Dentro dos vários bons finais possíveis para a série, diria que o Dexter se libertar da fome que ele tem por matar e acabar indo viver para a tão falada Argentina, nem é mau de todo. Mas para isso ser realmente bem feito, a despedida tanto do Dark Passanger como a do Dexter tinham de ser bem-feitas e não de uma forma tão banal como foi feito neste episódio, onde simplesmente foi tudo jogado na cara sem nenhum motivo para essa mudança, essa mudança é possível e faz sentido, mas nunca com o que foi apresentado nesta temporada.

 

Essa mudança do Dexter veio praticamente do nada, não pela falta de mortes nesta temporada, mas sim pelo afastamento do personagem das tramas principais, tanto que o episódio final não será focado no Dexter, mas sim na Hannah, sim isso mesmo a Hannah é o destaque final de Dexter e isso leva a outra ironia, a pergunta final não é se o Dexter será apanhado por ser um serial killer (até porque os roteiristas já deixaram claro que ele é inocente), mas sim se será capturado por ajudar a Hannah a fugir, o que não faz qualquer sentido se tratando do episódio final de uma série focada num serial killer. E até gosto da personagem, mas sinceramente como focar o episódio final de uma série de 8 temporadas, num vilão que apareceu há 6 episódios e numa personagem que apareceu há apenas duas temporadas, deixando o protagonista completamente de lado.

 

Acho que fico por aqui e para a semana logo junto melhor as ideias acerca do porquê desta ser a pior temporada da série, que repito outrora já foi uma das melhores séries em exibição. A série morreu com a Rita, algo irónico porque a maioria dos fãs nem gostava da personagem e pelos vistos o Dexter também não, dado as vezes que a personagem foi mencionada após a 4ª temporada (descontando claro as vezes que o Dexter usou a morte dela como desculpa para alguma coisa, como a actual saída da Miami Metro Police).

 

PS: O episódio final me surpreendeu, infelizmente não pelas melhores razões. Mas caso ainda ajam fãs que gostem do rumo da história podem ficar felizes o final não foi um adeus, mas sim um até já.

 

7ºSleepy Hollow 1.01 (Razoável):

 

O episódio piloto me agradou, mas deixa vários problemas evidentes e com cara de que vai ser mais um daqueles já habituais fracassos da Fox, Por agora começou bem, tanto na critica como nas audiências, mas o mais provável é acontecer o mesmo que Terra Nova, Flashforward, Under the Dome ou The Event com o tempo começarem a cair em todos os aspectos.

 

E olhem que as comparações com Under the Dome são bem evidentes, pelo menos no que diz respeito à protagonista, com o seu parceiro que era quase um pai morrendo no primeiro episódio e acabando por tomar conta da polícia da pequena vila de Sleepy Hollow, há mais, mas esses são os mais evidentes. Além disso vários clichés se seguem, desde o facto dela ir embora dentro de uma semana, mas afinal acabar por ficar, as várias conversas que parece que já foram ditas 1000 vezes anteriormente na televisão ou no cinema, entre outras das quais poderia ficar o dia inteiro mencionando.

 

Apesar disso o piloto nem me desagradou tanto quanto pensava que iria, como também já esperava irei ver o segundo episódio e aí poderei tirar melhores conclusões acerca do futuro da série, mas estou pensando seriamente em ficar pelo segundo episódio mesmo, até porque como disse no início é bem provável que Sleepy Hollow faça companhia às restantes séries mencionadas acima, excepção feita a Under the Dome (que por estrear no Verão) que foi renovada.

 

PS: Quando penso em abandonar a série aparece algo que me faz mudar de ideias, John Noble (o Walter de Fringe) vai participar da série e agora fiquei em dúvida se abandono ou não a série.

 

6ºThe Legend of Korra 2.01-2.02 (Bom):

 

Antes de mais dizer que nunca assisti a Avatar, a série mãe de Legend of Korra. Não virei exactamente fã de Legend of Korra, mas gostei da primeira temporada, sendo divertida de acompanhar e a própria protagonista como o seu ar extrovertido acaba funcionando bastante bem. A série voltou para a segunda temporada ao mesmo nível, sempre bem, mas sem deslumbrar, pelo menos para mim. Gostei de ver as mudanças na série e que continue assim.

 

5ºBig School 1.02-1.03 (Bom):

 

Big School teve um segundo episódio melhor do que o primeiro e um terceiro melhor que o segundo, deixando a impressão que isso será algo constante na série, conseguindo melhorar a cada episódio que passa. O meu único problema com a série continua a ser os alunos serem apenas cenário, mas nada que atrapalhe realmente o visionamento da série, que tem nos professores óptimos personagens, que conseguem levar a série sozinhos (e apesar da critica, pensando bem provavelmente se os alunos tivessem destaque não seria a mesma coisa e nem funcionaria tão bem). E de certa maneira também se afasta das comparações mais directas com Bad Education, já que sendo duas séries que têm como tema a escola são bem distintas e com diferentes qualidades.

 

PS: Imagine, melhor música de sempre.

 

4ºBrooklyn Nine-Nine 1.01 (Muito Bom):

 

É raro uma série de comédia ter um bom episódio piloto, deixando para esse primeiro episódio a apresentação dos personagens e com isso não mostrando todo o seu potencial, logo existe uma enorme possibilidade de uma comédia ter um mau piloto e depois acabar tendo uma excelente primeira temporada. Dito isto Brooklyn Nine-Nine não teve um piloto que deslumbre e que já faça a série ganhar o direito de ser chamada uma das cabeças de cartaz desta fall season, mas deixou uma excelente boa impressão e com óptimo futuro.

 

Gostei dos personagens, mesmo que eles tenham de ganhar novas camadas de personalidade, não podem ficar apenas pelos óbvios clichés, que para um primeiro episódio funciona. Os actores mostraram ter uma excelente química, o que é essencial numa comédia, afinal foi isso que tornou merecidamente Modern Family num enorme sucesso. Por falar em actores, a série está cheia de actores de qualidade, principalmente no que diz respeito a comédia, praticamente todos os personagens mostraram carisma ou pelo menos potencial para tal. Mas o maior trunfo da série é o seu background, uma esquadra da polícia, há muitas séries policiais, mas nenhuma delas é de comédia e caso Brooklyn Nine-Nine consiga aproveitar esse facto terá uma longa vida e de muita qualidade.

 

Para concluir, Brooklyn Nine-Nine provavelmente não será uma série que no primeiro episódio se dará enormes gargalhadas, mas aquele sorriso no rosto de certeza deixará a quem assistir.

 

PS: Um filme melhor do que Citizen Kane? Aí está algo complicado de achar, afinal Citizen Kane é considerado por muitos como o melhor filme de sempre. Pessoalmente acho o filme sobrevalorizado e facilmente digo 20 filmes que considero melhor, mas adorei a piada, porque para a maioria aquela frase é como dizer: "Não gosto, acha um filme melhor do que o melhor filme de sempre".

 

3ºOrange is the new Black 1.01-1.03 (Excelente):

 

Este ano ficou marcado pela aposta em séries por parte do Netflix, um serviço de streaming online americano. Normalmente séries são associadas a televisão, algo que o Netflix veio mudar, lançando as suas séries directamente para a internet e num formato no mínimo diferente de tudo o que já se viu relacionado a séries. O Netflix disponibiliza a temporada completa no seu serviço, em vez do habitual, um episódio por semana. Gosto do sistema do Netflix e adoraria que o serviço estivesse disponível em Portugal, mas pessoalmente prefiro acompanhar séries semanalmente e essa é a minha única critica que tenho ao produto deles, tanto que nunca consigo acompanhar as suas séries em dia, como se pode ver pelos episódios de Orange is the new Black que comentarei no post.

 

Orange is the New Black é a quarta série que o Netflix lançou este ano, depois de House of Cards, Hemlock Grove e a quarta temporada de Arrested Development. Por agora ainda só assisti House of Cards e espero que no futuro consiga fazer um post dedicado à série, não gostei muito de Hemlock Grove, mas futuramente irei pelo menos terminar de assistir à primeira temporada. Com problemas para conseguir arranjar os episódios de Arrested Development em boa qualidade, mas principalmente legendas e também tentar ganhar folgo para encarar a série depois de anos de espera por essa quarta temporada.

 

Mas o comentário é sobre Orange is the new Black, uma série que se passa numa prisão feminina e com uma protagonista que em nada combina com a prisão. Ela passou por uma fase rebelde na altura da Universidade e isso acabou vindo à tona alguns anos depois prejudicando o seu casamento (com o protagonista de American Pie), acabando indo parar à prisão. Mas como a série logo deixa claro não será um Oz (uma das melhores séries de sempre, numa bela referência) feminino.

 

A série nem é comédia nem drama, é algo ali no meio e que surpreendentemente funciona muito bem. Tecnicamente é uma comédia, mas tendo em volta de 50-60 minutos de duração torna a série acima de tudo um drama, isso foi algo que me chamou logo a atenção quando fui assistir ao primeiro episódio, que me deixou com receio, mas que tem funcionado bastante bem. É um drama, mas com um pequeno toque de comédia, mais séries deveriam seguir esse exemplo.

 

Para concluir, a série tem personagens para todos os gostos, até como faz sentido, tendo em conta que se passa numa prisão, e isso torna a série bem interessante, porque a cada episódio foca em personagens diferentes. Além disso é mais uma série que segue o padrão, história constante, mas com bastante uso dos flashbacks, utilizando o passado para explicar o que levou as personagens até à prisão, e não só. Apesar de ter virado recentemente um cliché (apesar de também já ter sido usada em Oz), é algo que nunca vi realmente falhar, entrando para aquele grupo de clichés bem recebidos pelo público.

 

2ºIt’s Always Sunny in Philadelphia 9.01 (Épico):

 

Provavelmente a classificação de épico é exagerada, mas a verdade é que este episódio me surpreendeu totalmente e me deu ânimo para continuar a acompanhar a série, à qual tive quase deixando de lado neste início de nona temporada. Its Always Sunny in Philadelphia é uma excelente série, mas nunca foi exactamente aquele tipo de série a que se chame de série obrigatória e por isso iria deixar de lado este ano e quem sabe logo regressar, mas este episódio me relembrou o motivo para ter começado a assistir a série, a bizarrice desse estranho grupo.

 

A Gang Broke Dee, é esse o título do episódio e é exactamente isso que o episódio se trata de uma partida do grupo à Dee, a única personagem feminina daquele excêntrico grupo. Mais não conto para não dar spoiler de nada, mas o final é épico e sem dúvida já entra para a lista de melhores episódios da série, e das comédias em geral. E o que dizer da participação do actor que faz de Huell em Breaking Bad? Um extra muito bem vindo.

 

PS: Ainda não saíram legendas em português, por isso reuni o útil ao agradável e decidi assistir sem legendas mesmo, dessa forma até me ajuda a melhorar o meu inglês e não preciso de esperar eternamente pelas legendas.

 

1ºBreaking Bad 5.14 (Perfeição):

 

O que tinha a falar do episódio falei aqui. Mas mesmo tendo escrito um texto gigantesco nesse post ainda tenho alguns extras a comentar (ou seja, mais um comentário grande), que basicamente se baseiam neste post do site Breaking Bad Brasil, onde comentam sobre os easter eggs do episódio, tenho lido os anteriores posts dessa coluna e normalmente não há muita coisa a adicionar, no caso deste episódio há muita coisa que pode ter sido passada despercebida, algumas delas que podem mudar, ou pelo menos melhorar, a maneira como se vê Breaking Bad. Porque Breaking Bad é uma série que a cada nova revisão se encontra algo que passou despercebido, tamanha a perfeição da série. Leiam o post e depois os parágrafos abaixo.

 

 

Começo pela última coisa que comentaram nesse post, afinal sempre conseguiram achar um erro no episódio, escavaram e escavaram, mas foi possível encontrar um erro de continuidade no episódio perfeito. Conseguiram descobrir que a família White trocou de nº de telefone. Diria que todas as outras séries gostariam de ter episódios onde o único erro a apontar fosse o esquecimento do nº de telefone de casa dos protagonistas.

 

Agora indo por ordem, já comentei sobre o poema anteriormente, mas volto a frisar o quão adequado é a utilização desse poema neste episódio em especifico, o episódio onde o grande Walter White caí e o seu império vai junto. A cena inicial do episódio foi a última cena gravada pela equipa, isso de pouco vale para a série em si, mas é sem dúvida um extra bastante interessante e que mostra como mesmo nos bastidores Vince Gilligan dá importância aos pormenores, toque de génio e que deve ter dado uma sensação de nostalgia enorme aos envolvidos. Para nós a série não acabou no mesmo sítio que começou (ainda não acabou, então não é uma afirmação com 100% de certeza), mas para os actores sim.

 

 

Não reparei nesse pormenor acima, sem dúvida mais um toque de génio, de um lado as facas são apenas facas, do outro as facas são armas para matar o marido. Interessante também uma das cenas mais impactantes do episódio ter sido filmada em apenas um take, sem dúvida mais um pequeno detalhe que só enriquece o episódio e a série. Um take ao nível do episódio, perfeito, até diria que o Dean Norris merece um emmy, mas Aaron Paul provavelmente leva para o ano.

 

E segue mais um pormenor que só enrique a história, com o Walt “escavando” a cova do Hank. Também algumas comparações entre Gus e Walt, além dessa mostrada no post ainda encontrei outras pela internet, mas de modo geral essa imagem resume bem a comparação entre o Gus e o Walter.

 

 

Mas sem dúvida o easter egg que mais me agradou, e que infelizmente me passou completamente despercebido ao ver o episódio, foi a cena das calças, simplesmente genial colocar as calças no meio do deserto e mais que isso, com o Walter passando ao lado delas sem notar nesse aspecto, como eu e muita gente que assistiu ao episódio. Segue-se a cena em que o Walter é visto como algo insignificante perante o enorme deserto, em mais um excelente detalhe.

 

 

As cores sempre foram algo bastante utilizado em Breaking Bad e na cena entre a Skylar e a Marie ganham destaque novamente, na altura percebi a clara diferença de cores nas vestimentas delas, com o destaque para o branco representando a Skylar e o preto representado a Marie, cores trocadas já que teoricamente branco representa o bem e preto o mal. O que não cheguei a reparar na altura foi nessa flor em destaque no meio delas, uma flor roxa, simbolizando a morte do Hank, algo a destacar também é que Marie durante praticamente toda a série vestiu roxo. Em mais um pormenor interessante aparece a roteirista do episódio a fazer de figurante no mesmo instante em que aparece os créditos com o seu nome.

 

Algo que não está nesse post e que quero destacar é quão tardiamente aparecerão os créditos iniciais no episódio, normalmente depois da rápida abertura aparecem logo os créditos, mas como naquela altura a série estava a mil com o desfecho do episódio anterior, optaram e bem por só colocar os créditos a aparecer quando toda a cena terminou, mais precisamente quando o Walter está a conduzir e o carro fica sem gasolina. Pormenor, mas que faz toda a diferença e vê-se a dedicação da equipa. Mais um delicioso pormenor com a cena de xadrez.

 

 

Os actores que interpretam o Walter, a Skylar, o Hank, o Jesse, o Jack, o Todd, a Marie e o Flynn estiveram em alta, mas este episódio foi da pequena actriz que interpreta a Holly. Falando a verdade, eu dava-lhe um emmy por esse episódio e se a ideia não fosse tão descabida acredito que já haveria campanha para a pequena actriz. Aquele “mamama” foi genial e saber agora que aquilo não foi intencional só aumenta ainda mais a qualidade do episódio, sem aquela pequena fala a cena nunca teria tido o mesmo impacto. Pena a última cena não ter sido intencional (também seria muita coincidência), de qualquer maneira mais um óptima cena e deu para sentir o medo dela.

 

Por fim, o Jesse. Tivemos a volta do simbólico urso rosa e a cena final com o cão a atravessar a rua, cheguei a comentar isso no post do episódio, sabia que isso tinha algum significado, só não sabia ao certo qual. Pelos vistos pode ser visto como representação do Jesse e do seu actual estado, mas nesse aspecto pode haver várias interpretações e acho que concordo mais com a de significar o Walter a fugir como um cão rafeiro.

 

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