Opinião Semanal #45 Parte 1
Ao contrário da semana passada este post já me saiu melhor e foi engraçado ver que pensava que o texto de Bleach na semana passada seria o que não conseguiria passar a mensagem que queria, mas no final acabaram sendo outros mangas que não consegui passar a ideia correcta. Como tem sido habito nas últimas semanas e provavelmente será a maneira como continuarei a post daqui para a frente, a primeira metade hoje e a segunda amanhã.
Sobre os mangas que aparecem nesta parte, Fairy Tail saiu do último lugar e concordo com quem disse na semana passada que não deveria ter ficado em último, mesmo que só o colocasse à frente de Reborn, comentando sobre Ao no Exorcist e Kurogane esta semana e depois de uma pausa de uma semana One Piece volta com o capítulo que apesar de não ser mau também não surpreendeu e não compensou a semana de ausência.
14ºReborn 404:
Depois da Amano ter feito um óptimo trabalho nos últimos meses, ela agora parece que desligou de vez do manga, muita gente especula que seja por causa da sua participação no anime Psycho Pass. Este capítulo é a prova mais que certa dessa rapidez no roteiro por parte da Amano, desenvolveu razoavelmente bem a luta contra o Bermuda para tudo acabar em dois capítulos.
Claro que há a história dos 3 minutos da maldição, o que de certa maneira faria com que a luta não se pudesse arrastar muito, claro que há sempre hipóteses, afinal 5 minutos na luta do Goku contra o Freeza equivaleram a muitos episódios no anime. Seja como for não dá para negar que tudo que a autora fez neste capítulo acabou descredibilizando toda a situação dos últimos capítulos, afinal para quê todos os personagens se reunirem se foi tão fácil, para o Tsuna, derrotar o Bermuda.
A revelação final foi boa e de certa forma é usada para fechar a única trama do manga que ainda faltava, então foi bem jogada pela Amano, além de que dessa forma o Checker Face não é revelado como um personagem aleatório que nunca apareceu na história. Mas, por outro lado, fica a ideia que não vai haver batalha final, que provavelmente tudo será resolvido na base da conversa, mas sem muitas especulações, esperar pelo próximo para saber, mas seja como for essa última página, mesmo que tenha consequências positivas, não chega para melhorar a qualidade do capítulo.
Por fim, já o venho dizendo há algumas semanas, não odiei essa nova arte da autora, na verdade até vejo como algo positivo, pelo menos comparado com quando ela fazia tudo tão detalhado que ficava difícil de saber o que estava a acontecer, mas neste capítulo mostrou que ela não fez essa arte dessa maneira para tentar mudar, mas sim por total preguiça, a página 10 mostra bem isso, já que não é uma página de luta.
13ºNisekoi 41:
Mais uma vez o Noashi pega num daqueles capítulos usados e reutilizados em mangas de romance e usa em Nisekoi, só que ao contrário do capítulo do tufão, que teve um bom desenvolvimento, e o anterior, que teve uma boa ideia, este acabou ficando apenas com cara de filler, o que não é necessariamente mau, como já venho dizendo Nisekoi não tem muito por onde fugir, então necessariamente tem de fazer capítulos fillers.
Para concluir, gostei do autor estar a dar foco a cada personagem feminina individualmente, mas sem se esquecer totalmente do resto dos personagens, como neste capítulo utilizando a ideia do cão abandonado para faze-los aparecerem na história. O final, ou melhor a penúltima página ficou excelente, representa bem a relação dos dois personagens, agora é seguir para capítulos mais focados no objectivo principal, para não ficar muitos fillers seguidos.
12ºAo no Exorcist 38:
Página colorida meio desnecessária.
Sobre o capítulo, fiquei confuso de início, pensava que essa escola era só para exorcistas, até porque não vejo o sentido em fazer uma escola para exorcistas e humanos. Seja como for a autora seguiu um dos clichés mais irritantes que existem, o protagonista a fazer o seu primeiro amigo, sem ser exorcista, não admira que as fãs de yaoi gostem de Ao no Exorcist, é só ver o momento em que o Rin corre a pensar que provavelmente conseguiu fazer um amigo.
Não sou o maior fã do manga e o facto de sair mensalmente não me ajuda a relembrar de certos pormenores, mas a ideia que tenho é que o Paladino é o mais forte dos exorcistas e que só 1 exorcista recebe esse título e se isso é verdade e o Arthur Auguste Angel é o mais forte dos exorcistas então fiquei realmente desapontado com Ao no Exorcist, apesar de que não posso dizer que esteja realmente surpreso.
Digo isto porque igual à primeira história do capítulo esse personagem é a cara das fãs de yaoi, está certo que foram elas que fizeram Ao no Exorcist o sucesso que é, mas mesmo assim não é preciso dar mais motivos para um manga shounen virar outra coisa. Além disso este capítulo vem para me contradizer no que disse na semana passada sobre Takamagahara, na altura tinha dito que preferia que a espada realmente falasse e que não fosse ventriloquismo, mas olhando para este capítulo que venha o diabo e escolha qual a pior hipótese.
Se essa história da Princesa Impura fosse usada daqui a uns 20 ou 30 capítulos eu iria elogiar a autora, mas é impossível não critica-la quando se acaba de sair de um arco sobre o Rei Impuro, é muita falta de criatividade, mesmo que possa fazer sentido. Pelo menos no que trata de força o Paladino não desiludiu e tratou de despachar essa história sem criatividade em poucas páginas.
Por fim, uma reunião que pode dar um bom gancho para o próximo arco do manga e o melhor momento do capítulo, curiosamente uma piada, a carta do Mephisto.
11ºKurogane 38:
A scan americana está tão atrasada que já saíram mais capítulos traduzidos de Nisekoi que de Kurogane, fico pensando se caso o manga seja cancelado terão a decência de terminar de traduzir. Seja como for, saíram mais dois, neste post irei comentar sobre o 38 e para a semana o 39, que ainda não li.
A pergunta com que fiquei a ler este capítulo foi, “Já que Kurogane quer seguir um caminho cliché, porque não fazer capítulos clichés como este?” O capítulo em si não avançou em nada na história e acima de tudo não disse nada de novo, mas teve um pequeno debate interior por parte do capitão da equipa. Toda a gente já sabia como ia terminar, se fosse num Slam Dunk, um Eyeshild21, um Ahiru no Sora ou um Haikyuu ainda podia ficar a dúvida e até mesmo se concretizar do protagonista não participar, mas Kurogane é um manga cliché, então não havia dúvidas que o Kurogane iria ser titular, restava saber apenas como.
Apesar de seguir o cliché do capitão não o escolher, do personagem escolhido desafiar o Kurogane para um duelo para verem realmente quem é o melhor e claro o Kurogane saindo vencedor e virando titular, numa equipa em que a maioria é novato. É cliché? Sem dúvida e também não faz muito sentido, afinal em menos de 40 capítulos o Kurogane passou de um zero á esquerda para titular, mas pelo menos o capítulo funcionou e não exagerou, agora é esperar que não demorem muito a entrar de novo em combates, porque essa é a qualidade do manga e não os diálogos.
10ºFairy Tail 302:
A primeira metade estava a ser mais da mesma qualidade de sempre, mas depois da chegada das tropas se tornou um bom capítulo. É engraçado como esse cemitério que deveria ser algo super bem escondido é encontrado por toda a gente e acima de tudo serve como ponto de encontro, mas deixando isso da mão, até faz sentindo nesse personagem que trabalha para o rei ir falar com o grupo do Natsu, mas não dá para negar que isso ficou muito forçado, principalmente depois da personalidade que deu a entender durante todo o torneio.
O Natsu irritado é algo dispensável e já o comentei pelo menos uma vez aqui, mas é incrível como das 12 chaves de ouro a Lucy tem a maioria e as outras tem a personagem ex-sabertooth, descredibiliza toda a história envolvendo as chaves, mas é Fairy Tail, descredibilizar é o que o Mashima faz melhor.
Não sou grande fã de viagens no tempo, principalmente para o passado, em qualquer história e o motivo é simples, é rara a vez que isso é bem feito. E isso é facilmente explicado pelo clássico filme Regresso ao Futuro, só vi um dos 3, não sei qual, de qualquer maneira um dos 3 tem como história o protagonista viajar ao passado, lá encontra com a mãe e acaba fazendo com que o encontro entre a mãe dele e o pai não aconteça na altura que deveria, mais tarde ele consegue fazer com que os dois fiquem juntos, volta para o futuro e tudo está normal, a dúvida que fica é, ele mudou a história e tudo está igual?
Ou seja querem que uma história tenha erros de roteiro? É só colocar uma viajem no tempo, até a excelente série Misfits não conseguiu ser 100% coerente nesse aspecto. E é basicamente por isso que gostei da chegada do novo personagem a falar que mudar a história é perigoso, até porque já estava a ver o Mashima fazer uma viajem no tempo, mudarem a história, voltarem ao presente e continuar tudo igual.
De qualquer maneira, no meio de tudo isso perdem a Lucy e o Natsu “perde” os poderes, digo entre aspas porque duvido que ele não ganhe mais um daqueles “treinos” milagrosos e volte mais forte do que nunca, mas seria interessante ver a Fairy Tail na última jornada sem o Natsu. Seja como for e todas as criticas que tenho e que saiba que o Mashima só venha a fazer porcaria eu quero que essa viajem no tempo aconteça, quero ver os dragões, a não ser que sejam tão irritantes como o do capítulo passado, porque senão mais vale estar quieto.
9ºRookies 71:
Mais um capítulo filler, desta vez focado no melhor personagem do manga, o Aniya. O capítulo no geral focou-se num dos maiores clichés de mangas de desporto, é usado em tudo e é quase um tema inevitável, mesmo pelas grandes histórias do género, só que em Rookies foi usado de forma diferente, em vez do objectivo ser jogar era a professora e o seu presente.
Foi uma jogada genial por parte do autor, que usou um cliché para trabalhar o Aniya como personagem, para usar a professora e não deixar o Kawatou de fora. Aquela cena com o papel seria algo que nunca nenhum professor faria, mas estamos a falar do Kawatou, então faz sentido ele ter arrumado todos os papéis e colado de novo.
8ºOne Piece 683:
Depois de um capítulo excelente e de uma semana de pausa, o Oda acabou desiludindo ou melhor não surpreendendo, foi um capítulo bem normal e que pouco desenvolveu, de qualquer maneira tendo em conta o final e alguns outros momentos dos capítulos é esperar por bons e óptimos capítulos nas próximas semanas.
Mas indo por partes, a história das capas ainda está sendo desenvolvida e sem nada de muito especial a comentar por agora. O Oda foi inteligente ao começar o capítulo por relembrar o que aconteceu no final do anterior, sendo esse um dos pontos a que me refiro como não desenvolveu nada, mas tem potencial para daqui a uns capítulos. Neste momento parece que o Caesar Clow já virou vilão secundário, já que os holofotes vão para a Monet e o Vergo. Monet que pelo menos em inteligência ganha ao Luffy, que por pura coincidência caí para um sítio que de certeza terá destaque nos próximos capítulos.
A história envolvendo os mugiwaras, as crianças e no final a Monet também não levaram a nenhum lugar, pelo menos por agora. O Law anda bem instável nesta saga, muitas das vezes parece que tem tudo controlado, outras das vezes comete erros gravíssimos, até porque não daria para saber que o Smoker e o Luffy acabariam por ir parar à ilha. Smoker que acabou por salva-lo e finalmente a batalha esperada, Vergo vs Smoker, com mais um gancho para o capítulo seguinte.
Resumindo capítulo de transição, com boas ideias para o futuro, mas que deixa a desejar, já que na semana passada não houve capítulo.
Ranking:
8ºOne Piece
9ºRookies
10ºFairy Tail
11ºKurogane
12ºAo no Exorcist
13ºNisekoi
14ºReborn