Desde que a Academia alargou o nº de filmes nomeados ao óscar de melhor filme que tem seguido várias opções na escolha dos candidatos, quase sempre acaba adicionando um filme independente, há dois anos atrás foi o filme Despojos de Inverno este ano é Beasts of Southern Wild, o filme sensação do ano. E é bom que assim seja porque abrindo as portas para filmes nos moldes desses dois pode ser que nos próximos anos possam surgir nomeados aos óscares as grandes perolas indys.
Nem sei bem como explicar o que Beasts of Southern Wild é, no geral é o típico filme independente, pega numa determinada história razoável e com grandes acuações e uma direcção de roteiro excelente faz algo impecável, longe de ser algo digno de entretenimento e ao mesmo tempo também longe de ser algo bom o suficiente para competir com os grandes nomes nomeados aos óscares, ou seja um filme para o público de festivais.
Beasts of Southern Wild e Despojos de Inverno são dois filmes bem parecidos na forma como são feitos e na qualidade em si, mas pessoalmente prefiro Despojos de Inverno, na altura me pegou muito mais que Wild, este último que confesso não me agradou tanto quanto gostaria, sendo provavelmente esse o motivo de te-lo achado inferir a Lincoln. Mas aí é que está o grande problema dos filmes independentes, não é tão fácil agradarem como um filme de entretenimento, que por acção ou comédia gratuita acaba facilmente ganhando mais fãs.
Mas filmes independentes são assim mesmo, uns agradam algumas pessoas outros agradam outras, mas o que interessa é saber respeitar e em boa parte dos casos apoiar, porque é sempre bom ver filmes de menor destaque como esse nomeados para os óscares, independentemente se têm ou não capacidades de ganhar. Quem acompanha mais filmes independentes sabe bem que Beasts of Southern Wild é bom, mas há outros muito melhores, mas em vez de se criticar a escolha da Academia por Beasts deve-se apoiar porque apoiando pode ser possível que daqui a alguns anos se possa ver um Steve McQueen nomeado ao óscar de melhor realizador e com algum filme do nível Hunger ou Shame nomeado a melhor filme.
Mas deixando a parte filme independente de lado, resumindo bem, a história é praticamente sobre uma menina de 7 anos, se não estou errado, e a maneira como ela vê o mundo, acompanhado pelo seu pai e pelos amigos estranhos do local onde moram. Digamos também que o filme ganha muito pela actuação brilhante da pequena actriz, tanto que ela acabou ganhando uma nomeação ao óscar de melhor actriz principal, numa estranha selecção este ano que teve ela, com 9 anos actualmente, como a mais nova nomeada a um óscar principal e a actriz de Amour, como a mais velha de sempre a ser nomeada.
Para concluir, um excelente filme, mas que por ser um filme independente acaba não sendo muito ambicioso, por isso sem grandes possibilidades de chegar mais longe do que chegou, independentemente disso, é um excelente cartão de visitas para quem quer assistir a algo mais que um bom filme de entretenimento ou até mesmo conhecer um pouco mais dos filmes independentes, onde tem muitas perolas esquecidas.
Igual a Les Miserables também cheguei a acreditar que este também poderia ser um filme melhor do que The Hurt Locker, o anterior trabalho da realizadora, mas também igual a Les Miserables uma desilusão, passando de quase inevitável vencedor para nomeado que só se comenta pela polémica, em torno do Bin Laden e a nível de criticas também parecido com Les Miserables, alguns adoram outros odeiam, mas no geral com a balança mais equilibrada que Les Miserables, mesmo que caía para o odiar e para críticas negativas. No meu caso não posso dizer que odiei, mas não gostei.
Zero Dark Thirty é o filme do Bin Laden, ou pelo menos foi nessa premissa que foi vendido comercialmente, também por isso o considerava, e acredito que a maioria também o consideraria, o grande candidato aos óscares, afinal um filme falando da captura do homem mais procurado do mundo, a academia já deu óscares sobre filmes patriotas por muito menos que isso, incluindo The Hurt Locker. O que é engraçado é que a uma semana dos óscares, nem Bin Laden nem Lincoln, apesar de que ainda irá ficar com o filme patriota Argo, que logo comentarei daqui a alguns dias.
Apesar de ser vendido como o filme do Bin Laden, a história em si passa bem longe disso, o que traz tanto defeitos como virtudes, a grande virtude é sem dúvida toda a cena final, tanto o ataque como o final do filme em si, 40 minutos finais quase perfeitos, os defeitos são as outras duas horas. O filme é acima de tudo sobre a história de uma oficial americana obcecada pelo Bin Laden, tecnicamente falando tem muito material para funcionar, só olhar a primeira temporada da série Homeland, que tem uma premissa parecida.
O problema é que a realizadora não tenta fazer isso de forma gradual, e provavelmente o facto de ser um filme e não uma série não ajuda. Por causa da realizadora ser uma mulher e a protagonista também, o que mais fica assinalado durante praticamente todo o filme é um feminismo exagerado, onde se preocupam apenas em mostrar uma mulher no poder e não em faze-lo realmente convincente, quase que parece que é dito “somos mulheres então não é preciso criar algo coerente, só por sermos já cria essa ligação por si próprio e quem criticar é machista”.
Além disso, é um filme de um único momento, o real interesse de quem vai assistir Zero Dark Thirty é a morte do Bin Laden, o que torna a duração longa do filme ainda mais evidente, quase como o espectador querendo passar logo para a parte que importa, e aí falha provavelmente a maneira como o filme foi vendido comercialmente, eles tentaram esconder o papel da protagonista, isso é dito claramente pela actriz numa entrevista, mesmo que ela tenha dito isso pelo facto de querer parecer badass já que antes de saber-se o papel dela pensava-se que seria apenas a namorada de algum americano importante.
Quando se vai ver o filme não se está preparado para um filme sobre um personagem, está-se preparado sim para um filme sobre o Bin Laden, de certa forma isso não deveria ser critica ao filme, mas é o que disse acima não é só o facto de o filme ter sido vendido como uma coisa e afinal ser outra. O problema é que essa coisa que saiu também não foi trabalhada da menor maneira, à excepção da cena final, que aí sim, numa cena praticamente sem falas, passa completamente a emoção da cena. Já tudo o resto, mesmo com a longa duração do filme, parece apressado e pouco trabalhado, o que volto ao tema que disse acima da premissa da história funcionar melhor como série do que como filme.
Por essa parte final o filme acaba não sendo o desastre do ano, mesmo assim teve várias escolhas bem duvidosas de roteiro, que praticamente só agradaram aos americanos patriotas, que gostam de tudo o que tem a haver com homenagear-se a si próprios e aumentar o ego. Filme claramente afastado da corrida aos óscares, a não ser que aja uma grande surpresa e a princípio deve sair de lá de mãos vazias no que diz respeito aos principais prémios.
Tinha tudo para ser um dos melhores filmes do ano e até mesmo ser melhor do que O Discurso do Rei, o anterior trabalho do realizador que chegou mesmo a ganhar o óscar de melhor filme nesse ano, mas infelizmente discute com Zero Dark Thirty o posto de maior desilusão do ano, entenda-se no que diz respeito aos filmes que eram apostas para os óscares deste ano, sendo na minha opinião, e no geral a da maioria, mesmo a grande desilusão. Apesar disso Les Miserables é provavelmente dos 9 filmes indicados aos óscares o que mais discussões acerca da sua nota tem tido pela net e pela critica em geral, uns adoram outros odeiam, estou infelizmente na segunda categoria. Resumindo gostam de musicais? Vejam podem estar na primeira categoria, mas digo já que eu gosto de musicais e odiei o filme. Se não gostam de musicais mais vale passar longe.
Les Miserables é um musical, mas melhor que isso, um musical praticamente com 100% dos diálogos cantados, então seria esperado algo grandioso, não só a nível de qualidade, como nos óscares em si, afinal a academia ao longo dos seus largos anos de existência já mostrou ser bem receptiva aos musicais, resumindo era um projecto bem ambicioso desde o início e diria que foi essa ambição que levou à ruina do filme, que está totalmente afastado do óscar de melhor filme e da gala de prémios deve sair apenas com o óscar de melhor atriz secundária, mais que merecido, apesar da curta participação da Anne Hathaway.
Porque é que a ambição é que levou à ruina do filme? Por vários motivos, mas o principal é o facto do filme ser praticamente todo cantado, na teoria isso é algo fantástico, na pratica acaba matando todos os diálogos, é difícil conseguir sentir em vários momentos do filme a emoção que determinada cena deveria retratar por causa de não dar para levar 100% a sério diálogos cantados. Quem deixou isso de lado provavelmente adorou o filme, porque afinal a ideia de todo o filme ser cantado é genial, mas para uma história nível de óscar, acaba parecendo muito entretenimento.
Outro aspecto que falha por tentar ser ambicioso é a história em si, é muita coisa para caber num único filme, ou melhor são muitas histórias diferentes contadas no mesmo filme, por exemplo a Anne Hathaway se aparece em mais de 30 minutos de filme é muito e a maioria dos outros personagens secundários a mesma coisa, o único personagem que liga a história é o protagonista, além dele o “antagonista” e a Cosette, como criança e depois como adolescente, também aparecem em boa parte do filme, de resto é um filme que parece um amontoar de histórias e aí fica mais fácil de entender e principal de apreciar para quem já conhecia a história de Les Miserables.
O terceiro grande defeito é a duração do filme, 2 horas e 40 minutos aproximadamente, muito tempo para um filme totalmente cantado, por um lado é excelente para quem adorou, acaba sendo um bónus, mas para quem não gostou do filme é apenas uma tortura. Dividir em dois filmes, mesmo não sendo defensor de filmes divididos em dois, ou então reduzir vários dos temas secundários seria uma ajuda, diga-se e já adiantando algumas das criticas a outros filmes nomeados ao óscar de melhor deste ano, filmes longos foi um dos defeitos mais vistos este ano, com 4 em 9 tendo aproximadamente 2 horas e 40 minutos.
Para concluir, o Hugh Jackman entrega a actuação da sua carreira, que até podia merecer o óscar caso o filme tivesse corrido melhor, mas dessa forma e com o incomparável Daniel Day-Lewis a vitória é quase impossível, mesmo assim um excelente papel que só peca por ter sido num filme de 8 ou 80. A Anne Hathaway tem a melhor actuação do filme, isso deve ser a única coisa em que todo o mundo que viu o filme está de acordo, que só peca por ser curta, num filme de 2 horas e 40 fazer apenas 30 minutos é pouco, ainda para mais quando muito provavelmente ganhará o óscar por essa actuação. O Russel Crowe não sabe cantar, mas gostei da sua actuação durante o filme, diria até que foi dos que gostei mais de ouvir cantar, o resto não há muito o que comentar, alguns melhores que outros.
Nota: 7. Sendo 5 desses pontos pela ousadia de ter um filme totalmente cantado, 1 pela actuação da Anne Hathaway e o último pela parte técnica.
A uma semana da entrega dos Óscares, vou deixar neste post, e nos próximos que se tudo correr bem saem todos até Domingo, as minhas previsões para a mais importante gala de prémios no que diz respeito a filmes. Nos últimos anos sempre tive a ideia de ver todos os filmes antes da gala, mas infelizmente nunca cheguei realmente a concretizar isso, alguns anos porque deixei um ou outro de lado e em alguns, como no ano passado em que não vi praticamente nenhum antes da entrega dos prémios, nem mesmo o Artista, que foi o vencedor.
Não vou destacar todas as categorias, “apenas” as 9 principais, melhor filme, melhor realizador, melhor actor principal, melhor actriz principal, melhor actor secundário, melhor actriz secundária, melhor roteiro adaptado, melhor roteiro original e melhor filme de animação. Mas antes disso uma olhada rápida pelos grandes ausentes dos Óscares, o primeiro é sem dúvida alguma o filme The Hobbit, a nova versão da aclamada saga não agradou à critica e diga-se com razão, não que seja uma total desilusão, mas claramente ficou abaixo do esperado, e o formato mais realista que Peter Jackson quis implementar dizem que foi tão realista que parecia falso, agora resta esperar que o Peter Jackson repare os erros que cometeu neste e melhore nos dois próximos filmes.
A nível main-stream outro ausente é Batman, não que seja surpresa, mas depois do mais que surpreendente segundo filme da trilogia do Nolan, seria esperado que o último tivesse reconhecimento da Academia, igual aconteceu com Senhor dos Anéis, mas infelizmente o terceiro filme esteve abaixo do segundo, então exclusão que não surpreende ninguém. O mesmo se pode dizer dos Vingadores, um excelente filme de entretenimento, mas longe da qualidade esperada para ser nomeado a um óscar, mesmo que seja melhor do que alguns nomeados.
E também o mesmo se pode dizer de Looper, excelente surpresa, mas também longe do que foi A Origem há uns anos atrás, de Prometheus, que acaba ganhando a infame piada de prometheus mas não cumprius, e Cloud Atlas que apesar de bom, não chega para ser considerado um dos melhores do ano, dado que 80% de quem viu o filme ou adora ou odeia, consenso é algo difícil em Coud Atlas.
O que me leva aos filmes independentes, que até teria vários nomes a considerar, mas infelizmente nenhum deles realmente foi considerado aos óscares. À excepção de Moonrise Kingdom e As Vantagens de Ser Invisivel, dois dos melhores filmes do ano, que ainda havia algumas esperanças de serem candidatos aos óscares, mas acabaram ficando de fora em prol das nomeações surpresa de Amour e Beasts of Southern Wild, que claramente lhes tiraram o lugar, principalmente de Moonrise Kingdom. No que diz respeito ao melhor filme apenas, a grande surpresa foi não terem nomeado Impossivel e The Master, este último ainda não vi, mas do realizador que é ficaria surpreso se fosse um mau filme.
Agora sobre as categorias:
Melhor Filme de Animação
Frankenweenie
ParaNorman
Brave
Wreck-it Ralph
Pirates! Band of Misfits
Começando pelas animações, a Pixar já não é a mesma desde a morte de Steve Jobs e isso quanto mais tempo se passa mais se torna evidente, neste ano não foi o caso, mas a maior parte dos projectos da Pixar são continuações dos seus sucessos, até um À Procura de Nemo 2 já ouvi falar, com isso acaba bastante com aquela qualidade incontestável que a Pixar tinha até há mais ou menos 2 anos atrás e isso torna-se ainda mais evidente quando Brave, filme original, fica abaixo da qualidade habitual. Dito isto não vejo muitas possibilidades de vitória para Brave, mesmo que não seja impossível.
Sobre as restantes, surpresa com a nomeação de Pirates. ParaNorman tem sido bem recebido, mesmo eu pessoalmente o considere ao nível de Brave no máximo, e poderia ser uma surpresa, mas duvido. Acho que o óscar deve ser entregue entre Brave, Frankenweenie e Ralph, estando a torcer por Ralph para mim o melhor filme de animação do ano, já Frankenweenie não está ao nível de Jack ou a Noiva Cadaver, anteriores trabalhos do Tim Burton em animação, mas não me importava de o ver ganhando a estatueta.
Aposta: Wreck-it Ralph
Preferência: Wreck-it Ralph
Melhor Argumento Adaptado
Lincoln
Argo
Silver Linings Playbook
Beasts of the Southern Wild
Life of Pi
De há alguns anos para cá o roteiro adaptado sempre é mais complicado de saber o vencedor que o original, principalmente devido a cada vez menos haver obras originais de qualidade, com isso muitos se baseiam em factos históricos ou em livros ainda não explorados. Aqui qualquer um dos 5 pode ganhar, dependendo de como a Academia está querendo distribuir as estatuetas, por isso acredito que este prémio deve ser atribuído a um dos prováveis derrotados da noite ou então ao provável grande vencedor, com disso depende bastante de como eles querem distribuir os prémios.
De qualquer maneira, Beasts of Southern Wild pode ganhar este porque dificilmente ganha algum nas restantes principais categorias, pode também ser atribuído a Life of Pi, que infelizmente deve passar completamente ao lado da gala, pelo menos ao que diz respeito às categorias principais, a Academia gostou de Silver Linings Playbook e este pode ser o prémio ao conjunto como um todo, principalmente se os 4 actores nomeados às categorias de actuação perderem. Mas acredito que deve ser atribuído entre Argo e Lincoln, o provável vencedor e o provável grande perdedor da noite, e aí é o que disse acima, fica a questão quererão adicionar mais uma estatueta a Argo ou compensar Lincoln?
Aposta: Lincoln
Preferência: Silver Lining Playbook
Melhor Argumento Original
Zero Dark Thirty
Flight
Django Unchained
Moonrise Kingdom
Amour
Aqui as coisas são mais fáceis, Flight provavelmente passará completamente ao lado da gala, duvido que Amour ganhe, afinal filmes estrangeiros raramente saem com mais que 1 óscar das galas e se Amour ganhasse sairia com dois óscares, já contando com o filme estrangeiro que é mais que certo, e com a nomeação ao melhor filme, melhor realizador e melhor actriz principal duvido que a Academia lhe dei tanto valor, mesmo que o mereça. O mesmo para Moonrise Kingdom, que só a nomeação já deve ser vista como uma vitória, infelizmente.
Zero Dark Thirty acredito que seja um dos vários perdedores da noite, mas isso já estava quase certo na altura das nomeações, então se ganhasse seria apenas para compensar o filme por provavelmente não levar nenhuma estatueta para casa. Por fim, o mais que certo vencedor, Django, em termos de roteiro são poucos os que se comparam com o Quentin Tarantino e neste ano parece ser um vitória fácil para o realizador.
Aposta: Django
Preferência: Django/Moonrise Kingdom
Melhor Atriz Secundária
Anne Hathaway em "Les Misérables"
Sally Field em "Lincoln"
Amy Adams em "The Master"
Helen Hunt em "The Sessions"
Jacki Weaver em "Silver Linings Playbook"
Mais fácil que essa categoria só mesmo a de melhor actor, mas claro que sempre pode haver surpresas, mesmo assim duvido muito da vitória de qualquer uma que não seja a Anne Hathaway, pela sua brilhante participação em Les Miserables, que infelizmente só peca por ser curta, mas acredito que isso não acabe sendo levado muito em conta, principalmente olhando para as restantes nomeadas, que ou já ganharam óscares anteriormente, por consequência dificilmente ganharão novamente, ou os seus papeis não tiveram muito destaque, à conta dos filmes de menor destaque.
Aposta: Anne Hathaway
Preferência: Anne Hathaway
Melhor Ator Secundário
Philip Seymour Hoffman em "The Master"
Tommy Lee Jones em "Lincoln"
Alan Arkin em "Argo"
Robert De Niro em "Silver Linings Playbook"
Christoph Waltz em "Django Unchained"
Aqui já é mais complicado, ainda para mais porque todos eles já ganharam óscares. Se fosse levado em conta apenas a actuação diria que o óscar iria fácil para o Christoph Waltz, que apesar de não ter feito melhor que em Bastardos Inglórios consegue mais uma actuação brilhante com Django, que tendo em conta o tempo e o destaque em cena podia muito bem ser nomeado ao óscar de melhor actor principal. Infelizmente ainda não vi The Master, por isso acabo sem saber ao certo sobre a prestação do segundo principal candidato Philip Seymour Hoffman, mas pelos comentários que li, seria um possível candidato se não fosse The Master ter acabado tendo pouco destaque nos óscares, mas quem sabe o filme e o actor acabam ganhando um prémio de consolação.
Duvido da vitória de Tommy Lee Jones, a não ser lá está se for o prémio de consolação para Lincoln. O mesmo digo para Alan Arkin, que só ganha a estatueta se a Academia querer valorizar em excesso a qualidade de Argo. Sobre Robert de Niro que tem uma actuação como já não tinha há anos no filme e quem sabe ele e o filme não acabam ganhando, dos 5 ele é sem dúvida o melhor actor então se todos tivessem 2 óscares ele seria sem dúvida o vencedor, mas ele tem mais um óscar que todos os outros nomeados, então tanto pode sair ganhando como não, de qualquer maneira 3 óscares para Robert de Niro não se pode dizer que são exagerados.
Aposta: Christoph Waltz
Preferência: Christoph Waltz/Robert de Niro
Melhor Atriz Principal
Jessica Chastain em "Zero Dark Thirty"
Jennifer Lawrence em "Silver Linings Playbook"
Emmanuelle Riva em "Amour"
Naomi Watts em "The Impossible"
Quvenzhané Wallis em "Beasts of the Southern Wild"
Esta também é uma categoria complicada de prever, tirando a pequena Quvenzhané Wallis, que só a nomeação já é algo extraordinário, afinal tem apenas 9 anos, já agora edição curiosa já que tem a actriz mais nova de sempre a ser nomeada e também a mais velha, Emmanuelle Riva, que neste momento diria que é a principal candidata, pela sua actuação em Amour.
Já as outras 4 são uma incógnita gigantesca, por um lado a Academia pode optar por atribuir o prémio à Naomi Watts, deixando dessa forma mais uma actriz famosa com um óscar e dessa maneira já prevenindo duelos mais equilibrados no futuro para a actriz. Na altura dos nomeados a Jessica Chastain era a principal candidata, mas neste momento já veria como uma grande surpresa a vitória dela. E a Jennifer Lawrence é uma actriz novata, mas com grande talento, no que diz respeito a actuação só perdeu mesmo para a Emmanuelle Riva, de qualquer maneira ao contrário da Naomi Watts, e principalmente da Emmanuelle Riva, deve de haver muitas mais possibilidades para dar o prémio à actriz, o mesmo pode ser dito da Jessica Chastain que também deve ter muitas mais possibilidades.
Resumindo, prémio carreira a Emmanuelle Riva, prémio carreira a Naomi Watts, que realmente fez um óptimo papel em Impossivel, ou então óscar para as novatas, o que de certa forma seria apressado, e no caso de Lawrence poderia mesmo ser prejudicial, já que está em clara fase de ascensão e é bem provável ter uma, ou mais, actuações melhores nos próximos anos que acabariam por não serem recompensadas em prol de uma menor actuação.
Aposta: Emmanuelle Riva
Preferência: Jennifer Lawrence/Naomi Watts
Melhor Ator Principal
Daniel Day-Lewis em "Lincoln"
Joaquin Phoenix em "The Master"
Bradley Cooper em "Silver Linings Playbook"
Hugh Jackman em "Les Misérables"
Denzel Washington em "Flight"
Provavelmente a categoria mais fácil da noite, não que não tenha nomes fortes, mas porque Daniel Day Lewis a concorrer mais vale todo o mundo se afastar porque o prémio é dele, um dos melhores actores de sempre, que deve acabar recendo o seu 3º óscar e só não foram mais porque só trabalha de vez em quando, em média 1 filme de 2 em 2 anos. Além do Daniel Day-Lewis o único nome que vejo como mínimo rival é Hugh Jackman, que em Les Miserables apresenta provavelmente o papel, a nível de qualidade, da sua carreira, mas Les Miserables acabou sendo uma desilusão e o seu papel meio apagado, logo mesmo que tivesse apresentado uma actuação sem falhas já seria difícil ganhar, dessa forma é quase impossível.
Sobre os restantes concorrentes, The Master apesar de várias nomeações nas categorias de actuação não dá para ser visto como grande nome nos óscares então, mesmo se o Daniel Day-Lewis não estivesse concorrendo, seria complicado o Joaquin Phoenix ganhar. O mesmo se aplica ao Denzel Washington que parece estar aí apenas para preencher os lugares, o Bradley Cooper apesar de ter tido uma excelente actuação é um nome mais visto em comédias, por isso soaria estranho atribuir-lhe o óscar neste momento, mas pelo que sei já tem contratos com prováveis excelentes filmes, em destaque mais uma parceria com a Jennifer Lawrence, estreando nos próximos anos, então pode ser que daqui a alguns anos se veja com naturalidade o nome dele entre os nomeados e quem sabe até mesmo como vencedor.
Aposta: Daniel Day-Lewis
Preferência: Daniel Day-Lewis
Melhor Realizador
Steven Spielberg por "Lincoln"
Ang Lee por "Life of Pi"
David O. Russell por "Silver Linings Playbook"
Michael Haneke por "Amour"
Benh Zeitlin por "Beasts of the Southern Wild"
Para começar o melhor realizador do ano, pelo menos em todos os outros prémios foi Ben Affleck, que nem está nomeado, ficando de fora numa altura em que Argo ainda não era o principal candidato do ano e com isso acaba tirando destaque desta categoria, mas ao mesmo tempo lhe dando mais imprevisibilidade, que podia ser ainda mais imprevisível caso a Academia não tivesse querido surpreender e acabar por estragar quase tudo.
Obviamente é bom ver realizadores como os de Beasts of Southern Wild, Silver Linings Playbook e Amour serem reconhecidos, principalmente porque os seus filmes não tem qualquer hipótese na categoria principal, mas se não tem hipótese na categoria principal dificilmente ganham aqui, já que realizador e melhor filme andam de mãos dadas na maioria das vezes, sendo desses 3 apenas o realizador de Amour, Michael Haneke, o único que ainda pode surpreender, num prémio de carreira para o realizador austríaco.
De qualquer maneira os dois grandes candidatos são Steven Spielberg e Ang Lee, dois excelentes realizadores que provavelmente terão nesses óscar de melhor realizador um prémio de consolação pelas mais que prováveis derrotadas nas restantes principais categorias e Ang Lee parte em desvantagem já que provavelmente Life of Pi será o vencedor na maioria das categorias técnicas, fora que entre ele e Spielberg, o segundo merece mais um óscar adicional na carreira.
Resumindo, dois nomes praticamente afastados do prémio, um Michael Haneke que pode ter um prémio carreira, mas duvido, um Ang Lee que pode ter um prémio de consolação, mas ele já tem pelo menos um óscar então não faria sentido ganhar neste ano, então sobra o Steven Spielberg, que mesmo tendo já óscares merece mais que o Ang Lee, mesmo que eu pessoalmente não seja grande fã do Spielberg.
Aposta: Steven Spielberg
Preferência: Michael Haneke
Melhor Filme
Lincoln
Argo
Zero Dark Thirty
Les Misérables
Silver Linings Playbook
Life of Pi
Django Unchained
Amour
Beasts of the Southern Wild
Agora o prémio principal, Lincoln já foi o principal candidato, mas actualmente está quase certo que vai ser a grande desilusão da noite, ainda para mais pelo nº alto de nomeações que teve, 12. Zero Dark Thirty pelo tema do Bin Laden sempre foi um candidato, mas depois de se ver o filme percebesse que esta nomeação ao óscar foi bem precipitada, sair da gala com a estatueta seria uma surpresa gigantesca. Les Miserables completa o trio de desilusões, também bem cotado, até por ser do mesmo realizador que ganhou o óscar de melhor filme por O Discurso do Rei, de qualquer maneira neste momento também seria uma surpresa, até porque a par de Zero Dark Thirty nem sequer nomeados deveriam estar.
Silver Linings Playbook foi uma grande surpresa e claramente merece todo o destaque que tem tido e as excelentes criticas, apesar disso ainda é uma comédia romântica, então a vitória, por mais que merecesse, ainda seria uma surpresa maior do que a vitória de Zero Dark Thirty ou Les Miserables. Beasts of Shouthern Wild é um filme independente e só a nomeação é algo digno de nota, logo claramente está afastado do título.
Apesar do Tarantino ser sempre um nome forte no que diz respeito aos óscares de roteiro, no que diz ao melhor filme é quase sempre ignorado e se com Bastardos Inglórios não ganhou dificilmente ganharia com Django, logo mais um afastado, esperando um dia em que ele apresente algo melhor, ou pelo menos ao mesmo nível, que Pulp Fiction, seria óscar certo. Depois do que disse anteriormente é claro que Amour também é outro que está afastado do óscar de melhor filme, que só a nomeação já é digna de nota.
Quase todos os anos há sempre o campeão das categorias principais e o campeão das categorias técnicas, neste ano é bem provável que o campeão das categorias técnicas seja Life of Pi, um filme do melhor que já foi feito a respeito de efeitos visuais, o realizador até teve que provar que o tigre do filme era falso. Já do outro lado da moeda está o filme do Ben Affleck, vencedor de todos os prémios de melhor filme e melhor realizador até ao momento, perder nos óscares seria uma surpresa gigantesca.
Aposta: Argo
Preferência: Life of Pi/Silver Linings Playbook
Nos próximos dias vou colocando as análises sobre os 9 filmes nomeados ao óscar de melhor filme, por ordem decrescente de qualidade, em termos pessoais fica aí por ordem os meus favoritos:
1ºLife of Pi 2ºSilver Linings Playbook 3ºDjango 4ºArgo 5ºAmour 6ºZero Dark Thirty 7ºBeasts of Southern Wild
Depois de muito tempo afastado do blog, voltando e logo com o mais longo post que já fiz, o que seria de esperar tendo em conta o nº de capítulos que saíram nesse meio tempo, fora que deixei muita coisa para futuras edições, senão isto poderia facilmente ser um top35. Para a semana vou tentar mudar um pouco a maneira como o post sairá, algo que já estava a planear fazer antes mesmo da pausa, se correr bem pode ser que consiga adicionar mais obras ao post e mesmo assim me sair algo menos complicado de programar todas as semanas.
E é isso nos próximos dias, tentando colocar o blog em dia, principalmente respondendo aos comentários e colocando os posts das tocs.
Sobre o post em si, posso dizer que estou feliz com a maioria dos mangas, à excepção de Hungry Joker todos os mangas melhoraram consideravelmente desde a última vez que comentei sobre eles, em especial os grandes destaques da Jump, Toriko pode estar no seu melhor momento, One Piece terminou o arco e só por isso já melhorou consideravelmente a sua qualidade, Naruto ou deveria dizer Sasuke está melhor do que esteve em anos, Bleach melhorou, pior também era díficil e Beelzebub voltou às origens. Acabei deixando de fora alguns mangas, incluindo PSI e alguns one shots como Nisekyuu, nas próximas semanas irei adicionar conforme der mais geito.
Post dividido em duas partes porque ficou grande demais para ser lançado em apenas uma, a outra parte está logo abaixo dessa e contém os melhores mangas das últimas semanas, de destacar que dividi Naruto, Bleach e Beelzebub em duas partes, a boa e a má, já que as diferenças são gigantes entre a fase boa e a fase má. Faltam as imagens de Beelzebub e Hungry Joker, culpem a scans project que não tem como fazer download desses dois mangas, ou pelo menos não sei onde faze-lo, e neste momento, depois de praticamente o dia todo a criar o post, não estou com paciência para andar a procura de algumas imagens no leitor online.
É possivel que tenha alguns erros ao longo do texto, principalmente nos ps's, é porque adicionei há última da hora alguns depois de ver algumas imagens dos capítulos.
27ºBeelzebub 184-186:
Mais uma vez o autor se perdeu numa boa proposta, além de um final fraco, várias escolhas bem duvidosas, principalmente a pergunta que não quer calar, “Para quê colocar o time Furuichi a perder tão cedo se o autor não teve coragem de colocar na final o time que ganhou do Furuichi e que era o verdadeiro protagonista do arco, o time Kanzaki?” Final entre time Oga vs time Aoi era a decisão menos arriscada e sem dúvida a menos interessante.
Praticamente este torneio pareceu um pouco de booking ao baixo nível da WWE, onde fazem histórias boas, que inclinam claramente a favor de wrestlers mais fracos que podem acabar saindo por cima, mas no final serão sempre os super-heróis da empresa na final, é só olhar para o Royal Rumble deste ano. Seja como for o foco de Beelzebub já saiu desse arco fracassado, mais um, e está actualmente numa das suas melhores fases, que já comento aí para a frente, bem para a frente.
26ºHungry Joker 4-:
Devem ter reparado aí que não coloquei o nº do último capítulo que li, apenas do 4 em diante, isto porque não sei em que capítulo ao certo fiquei, provavelmente no 8, mas não me lembro e sinceramente não estou minimamente interessado em saber, porque a desilusão foi grande demais. A pergunta que fica é: Hungry Joker é a pior coisa do mundo? E a resposta é: NÃO.
Mas, e este mas tem muita força, falha em dois aspectos gigantescos, primeiro a proposta da obra comparada com o real desenvolvimento e a segunda a incrível capacidade do manga se tornar algo sem interesse, lembram-se de ter dito sobre Sensei no Bulge que o manga estava desinteressante e que só lia mesmo para saber o fim, é Hungry Joker conseguiu ainda estar pior e aí entra o primeiro aspecto, a diferença entre a proposta e o primeiro capítulo para o resto do manga é gigantesca, parecem duas coisas totalmente diferentes.
Ou melhor duas interpretações completamente diferentes, já que tudo o que funcionou no primeiro capítulo falhou depois e a única, ou pelo menos a principal, falha do primeiro capítulo, acabou-se tornando o “menos mal” do manga, estou a falar da personagem feminina. O que é engraçado nisso também é que a falha do manga, no que diz respeito à qualidade, nada tem a ver com as alterações do one shot para a versão serializada, já que, lá está tirando a personagem feminina, todas as alterações foram para melhor, o que falhou então? A capacidade, ou falta dela, do autor fazer uma história sem os clichés padrão, sim porque o autor não se contentava em ser apenas cliché ele tinha de ir escolher os clichés mais clichés, e a ideia de que vem algo extremamente inteligente e acaba-se vendo um manga mais infantil que 7 em 10 mangas que já passaram pela Jump, só não é maior porque deve-se contar com vários mangas cancelados, e não só, que nunca deveriam ter existido.
O pior é o que já tinha dito antes o manga tinha tudo para funcionar, a Jump até lhe facilitou a vida, estreando ao lado de dois mangas fadados ao cancelamento, um gag e um echi, cancelamentos com mais probabilidade de cancelamento sem conhecer a história não há, no final provavelmente acabarão os 3 cancelados e quem acabará ganhando é Medaka Box, de qualquer maneira no que diz respeito a roteiro, já é certo que Shokugeki no Souma é muito melhor que Hungry Joker e que Kiruko-san quase consegue ser menos infantil que Hungry Joker.
Para terminar, de longe o melhor capítulo do 4 em diante é o capítulo 4, provável único capítulo do manga onde o autor se deu, pelo menos, ao trabalho construir um dos seus personagens. E aí entra a última coisa que quero dizer, para aquelas discussões de lento vs rápido que tenho lido por aí, o manga parece que carregou no acelerador, mas ao mesmo tempo não saiu do sítio, já que o autor nem se deu ao trabalho de criar um bom background, ou seja no que diz respeito a velocidade de roteiro o manga está a velocidade máxima, mas no que diz respeito à construção de personagens e do background o manga está mais lento que um caracol.
PS: Esperando na próxima semana ter o manga em dia.
25ºFairy Tail 311-318:
Tendo em conta que passado tanto tempo ainda se está no torneio, me pergunto o que passou pela cabeça do Mashima quando decidiu adiantar sobre a possível viagem no tempo e todas as outras coisas secundárias que ele comentou ao longo do torneio, é que dessa maneira nem desenvolve uma coisa nem outra, fora que enrola com o torneio e enrola com a chegada dessa viagem no tempo, provavelmente a única coisa que estou interessado neste momento no manga, não que espere grande coisa, mas mal por mal, pelo menos sendo ruim num passado com dragões e viagens no tempo.
Torneio esse que devia estar no seu climax, mas está mais desinteressante que nunca, a não ser que sejam os otakus babões que adoram as lutas entre personagens femininas bem dotados, porque se sim está bem interessante. Porque as lutas entre personagens femininas baseiam-se basicamente nisso e as lutas restantes estão cheias de clichés típico de Fairy Tail, se no final desse “todos contra todos” não sobreviverem todos os 5 da Fairy Tail, ficaria surpreso.
Sobre a Lucy do Futuro, não sei se foi só uma ideia que fiquei quando li o início de Fairy Tail, há já uns anos atrás, mas tenho a impressão que essa Lucy do futuro já tinha sido mencionada antes ou pelo menos essa possibilidade tinha sido deixada no ar, numa altura que a personagem não servia apenas para o fanservice e tinha ficado a ideia de uma grande trama, envolvendo obviamente o 7-7-777, ou seja a história actual, até porque na altura, ela era tecnicamente a protagonista, algo que nunca acabou se confirmando. Seja de que maneira for, se tratando de Fairy Tail isso pouco importa, já que o autor nunca esteve muito virado para criar uma boa história.
Sobre a luta da Erza e da Minerva, o Mashima acaba por juntar a Minerva a toda a história da Erza, que no início do manga até tinha propósito, mas depois de tanto erro por parte do Mashima, drama é algo que não combina com Fairy Tail, mas para o Mashima pouco importa, já que o manga faz um bom tempo que não tem pés nem cabeça e é com esse argumento que digo mal por mal, pelo menos algo interessante, ou seja a viagem no tempo.
A página com os dragões ficou excelente, mas como o Shinuki disse no seu Opinião Semanal, 10 mil dragões é muito, poucos chegavam, fora que 10 mil é muita coisa para uma raça em extinção/desaparecida.
24ºTakamagahara 14-17 Fim:
A capa do capítulo 14 foi um daqueles raros momentos de Takamagahara, em que o manga mostrou que até podia ter funcionado, pena esses momentos serem raros. De qualquer maneira agora serão ainda mais raros, já que o manga está concluído de vez e infelizmente em momento algum desses 4 capítulos deu a entender que o cancelamento foi injusto ou que, no mínimo, não o tinha feito por merecer.
Mas é o que já digo desde que o one shot foi publicado na Shonen Jump para a Golden Future Cup, cara da Shonen Champion ou algo do género, uma revista mais ligada a mangas de luta corpo a corpo e sem muita fantasia, e por fantasia entenda-se Universos próprios como os de Naruto, One Piece, Toriko ou Hunter x Hunter. Para além disso, Takamagahara nada mais é que um manga razoável, já sendo bem generoso, e isto claro no segundo volume, porque o primeiro é totalmente dispensável.
PS: A última página do manga, mostra bem o quanto Takamagahara parece ser dois mangas totalmente diferente, do lado esquerdo os personagens do primeiro volume e do lado esquerdo os do segundo volume.
23ºBleach 519-523:
É comentando sobre os principais títulos da Jump que percebo o quanto estou atrasado com os comentários, nem acredito que ainda não tinha comentado sobre o capítulo onde aparece o rei, se é que dá para chamar aquilo de aparição, pior que isso 8 capítulos depois e nada de rei. É assim que se deve contar uma história, dizer aos 7 céus que se vai para o Palácio Real, que por arrasto quer dizer conhecer o Rei num curto espaço de tempo, enrolar o mais possível, de preferência com comédia fraca, com acontecimentos em cima do joelho e criando hype no Rei com um extraordinária página dupla, sem concretizar as expectativas e para finalizar mudar o tema do manga nos próximos capítulos. Selo de qualidade Tite Kubo.
De resto sobre esses capítulos aí tudo continua na mesma, desde a última vez que comentei, o Kubo acha que é comediante e que a melhor maneira de apresentar a Soul Sociaty é como uma companhia de circo, mas deixando isso de lado, não consigo entender qual o sentido dessa enrolação toda, qual o sentido em o Kubo dizer vocês vão conhecer finalmente o Rei e adiar isso, actualmente já vai em uns 3 meses e meio e não ficaria surpreso se chegasse a 6 meses entre o anuncio de que o grupo vai para o Palácio Real se encontrar com o Rei e o encontro em si.
Além disso, não basta ser enrolação, como para mais muitos desses capítulos parecerem totalmente fillers, em destaque o encontro do Ichigo com a personagem da Guarda Real gorda, ou não, já que o Kubo decidiu reorganizar as ideias e coloca-la magra e bonita como o resto das suas personagens, fugindo da única coisa que tinha funcionado na Guarda Real, o afastamento do padrão do Kubo. Para concluir o que eu tocava sempre antes de ter ido de férias do blog, mas em vez de escrever mais um parágrafo sobre o assunto apenas deixo a pergunta: “Alguém consegue acreditar, olhando os últimos capítulos, que o manga está em cenário de guerra?”
PS: One Piece tem festas no final do arco/saga, já Bleach não deixou de comemorar o Carnaval no meio da suposta guerra.
22ºKiruko-san 3-7:
Curioso que se tivesse voltado duas semanas antes a minha opinião sobre Kiruko-san teria sido, senão totalmente diferente, pelo menos consideravelmente diferente, mas colocando os capítulos 5, 6 e 7 na soma, acabou mostrando melhor o que é Kiruko-san ou pelo menos o que deverá ser daqui para a frente.
Ainda não dá para atribuir um género a Kiruko-san, mas já dá para saber que o manga não se vai dar bem pelo caminho que começou com a chegada dos novos personagens, algo que ficou claro na disputa 1ºvs2º capítulo foi que Kiruko-san funciona melhor quando dá destaque mais há sua vertente gag, e viu-se pelo 3º capítulo, também mais virado para aí e que funcionou de certa maneira, já a partir do 4 tentou ser algo mais, muito provavelmente por ideia do editor que viu que a história não estava a ir pelo caminho certo e foi por um caminho pior ainda.
Porque a Kiruko funciona razoavelmente bem por ser algo mais caricato numa aldeia pacata do interior, com a chegada dos seus colegas, o que podia ser algo bom se tornou em excesso, porque agora não é só ela que destoa-a daquele clima calmo, mas sim metade dos personagens do manga. Além disso para uma nova personagem que deveria ser séria e “adulta”, mostrou ser bem infantil e com isso levar a Kiruko e todos os outros personagens no mesmo barco e tornar Kiruko-san bem infantil.
Resumindo esperando o cancelamento, que pelo andar da carruagem ainda vai conseguir ser mais rápido que Hungry Joker e se Cross Manage continuar mal nas tocs como tem estado, infelizmente pode ser que Hungry Joker dure mais que 20 capítulos, bem que podiam ir os 3, mas se forem apenas dois cancelados que sobreviva Cross Manage.
21ºNew Prince of Tennis 78-85:
Regresso de New Prince of Tennis, gostava de voltar comentando sobre excelentes capítulos, mas infelizmente o que esperava, tendo em conta os capítulos anteriores, foi cumprido e o autor voltou-se a superar no que diz respeito ao exagero de jogadas, técnicas, resultados do jogo e principalmente nos jogos em duplas.
Já o disse anteriormente sobre New Prince of Tennis, e mais recentemente por Kuroko no Basket, mesmo mangas de desporto fantasiosos podem funcionar, desde que saibam o seu limite, Prince of Tennis por mais que tenha esticado bastante esse limite ao longo dos anos, sempre fez uma subida relativamente estável, mas agora nesta nova versão, não sei se por ser mensal, mas a cada capítulo que leio parece que o autor aumenta o nível de poder.
Isso se calhar também se deve ao facto de que já não lia um capítulo de New Prince of Tennis há algum tempo, então meio estranho voltar a entrar no esquema de jogos de duplas jogados por uma única pessoa, mas mesmo com Prince of Tennis sempre tendo sido assim e que o Atobe é um dos reis no que diz respeito ao exagero, é bem forçado o final do jogo de duplas e principalmente usar o Synchro sozinho.
Por fim isso abre a discussão que tinha comentado da última vez, será que o autor está mesmo a pensar em colocar todos os desafiantes a ganhar, é porque se sim isso não faz o menor sentido, até porque acabaria tirando óptimos personagens da seleção num futuro mundial, que de certeza vai acontecer, por outro lado se alguns perderem terá de haver uma reformulação nas equipas, porque ficariam de fora muito bons jogadores em vez de outros que nunca tiveram e nunca terão destaque que entraram há custa dos 11º-20º lugares. De qualquer maneira o Duke ganhou então esperando que outros sigam o exemplo, apesar do que disse se reflita mais nos jogos principais.
PS: Terminando de revisar os capítulos seguintes só tenho uma coisa a dizer, 1x2 exagero? Nada disso o autor consegue fazer ainda melhor, nos próximos capítulos irão descobrir.
20ºNisekoi 50-57:
Posição de Nisekoi meio que inflacionada para baixo, já que o capítulo 50 de todo merecia uma posição melhor. Mas entendam o 50 inserido no último comentário que fiz de Nisekoi, dando essa posição apenas aos outros 7. Nisekoi teve um capítulo 49 excelente, provavelmente o seu melhor capítulo, o 50 foi a ressaca desse arco e funcionou bem, principalmente porque voltou a equilibrar a balança entre a Chitoge e a Onodera, que tinha ficado bem desequilibrada depois da Onodera ter torcido o pé.
O 51 individualmente falando foi bom, o problema são as suas consequências, ou melhor a falta delas, depois de 50 capítulos sem muito destaque para o tema principal, seria esperado, e a altura certa, para voltar a tocar no tema e caminhar o manga para algo mais do que apenas a zona de conforto que Nisekoi aos poucos vai construindo. O autor realmente tocou no assunto, mas foi um tocar de assunto no mínimo ridículo, já que serviu mais para calar os críticos e dizer que não se esqueceu do que para qualquer outra coisa, isso vê-se bem nos capítulos seguintes, totalmente fillers.
Sobre os outros 6 capítulos, estava a ler a primeira página do capítulo 52 e a pensar pode ser que saía algo de interessante, cena bem simples e nada forçada e quando mudo para a página 2 vejo dois mafiosos, sem nada de suspeitos com uma mala numa escola, e essa mudança rápida serviu bem para mostrar o que estava para vir, não só no 52, mas como no 53, 54, 55, 56 e 57, enrolação apenas porque sim.
No 54 e 55 pelo menos teve-se algo diferente, ou não dependendo da perspectiva, já que o que tem sido mais normal em Nisekoi é aparecerem novas personagens femininas no manga do nada e claro estarem interessadas no Raku, que acaba sendo envolvido na questão. Pelo menos a participação da Paula, estranho ver um nome normal num manga que só tem nomes japoneses, ficou só por esses dois capítulos e não foi adicionada ao harém do Raku.
No 56 e no 57, focados na Marika e na Kirisaki, por um lado é bom o autor ir dando destaque individualmente às personagens, mas por outro, Nisekoi está na altura de algo novo, comédias românticas ou no caso de mangas echis, funcionam bem com episódios soltos, mas de tempos em tempos precisa de algo para o leitor não pensar que é só isso e nisso é a grande diferença entre um manga e uma série, pelo menos nas séries já se sabe que no início e no final da temporada há destaque para o tema principal, já num manga, havendo capítulos todas as semanas isso não se torna obrigatório, infelizmente.
Para concluir deixar claro que tudo o que disse acima se torna mais evidente porque ao contrário da maioria dos echis ou mangas de romance, Nisekoi tem um plot principal, então já que o tem, tem de desenvolve-lo, porque senão isso em vez de se tornar uma vantagem comparado com o resto torna-se uma desvantagem, como o está sendo actualmente. Numa comparação, o que disse acima foi por exemplo o que levou muita gente a criticar How I Met Your Mother durante as temporadas do meio da série, já que a mãe estava quase esquecida.
19ºHajime no Ippo Volume 99:
Não me vou alongar muito, já que tenho de comentar sobre vários mangas e também não há nada de especial a dizer. Resumindo, o autor está a exagerar demasiado no Itagaki e espero que se aperceba disso a tempo, porque senão vai acabar estragando um bom personagem, de qualquer maneira quanto mais depressa este combate terminar melhor e só tenho pena que parte do tão aguardado volume 100 dei destaque ao Itagaki.
PS: Só por causa do dessinteresse da luta, a imagem escolhida para o post nada tem a ver com os capítulos, mesmo sendo capa de um deles.
18ºNanatsu no Taizai 3-7:
A magazine nunca teve grande fama pelos seus mangas shounen de batalha, não só pela baixa quantidade de sucessos do género que de lá saem, como pela baixa qualidade desses poucos sucessos, o melhor exemplo é sem qualquer dúvida Fairy Tail. E tudo até ao momento aponta para que o Nanatsu não seja uma excepção.
Dito isto mantenho o que disse quando comentei sobre os primeiros capítulos, é um manga que funciona na Magazine e que provavelmente terá futuro, não tem a melhor ideia do mundo e nos poucos capítulos que teve já deixou de lado vários plots interessantes em detrimento de outros dispensáveis, resumindo um manga para passar o tempo e sem qualquer prepósito de se tornar algo de destaque a nível de qualidade. Terminando esta fase de introdução resumindo, é um bom manga para passar o tempo, mais que isso já é exagero.
Sobre os capítulos em si, sem dúvida a melhor parte foi no capítulo 3 essa história da lança, de resto surpreendi-me por alguns aspectos, mas no geral o autor parece que podia fazer muito melhor em praticamente tudo o que se propôs fazer. Está a apresentar os Sete Pecados rápido demais, em 7 capítulos já há dois no grupo principal, estão indo atrás do terceiro e já tem planos para ir atrás do quarto, fora que com o cartaz do primeiro capítulo já se sabe o design, mais ou menos, dos 7. Esse é um dos poucos trunfos do manga e o autor devia ter o guardado melhor, mas agora pouco há a fazer.
Outra coisa, a personagem dos Sete Pecados ser gigante acaba funcionando inicialmente, mas tenho as minhas dúvidas se ela ser gigante vai beneficiar, ou melhor, não vai prejudicar no futuro. O mesmo se pode dizer do protagonista, que tinha muito mais a ganhar sendo adulto que criança, mas ai não há nada a fazer, estamos a falar de um manga shonen actual, se não fosse criança é que seria uma surpresa. Já o terceiro do grupo, pelo pouco que apareceu pode vir a ser um bom personagem, mesmo que a sua entrada mostre bem o quão cliché é Nanatsu no Taizai, que fique claro gostei do personagem e da maneira que foi introduzido, mas é 100% cliché.
17ºCross Manage 1-4:
Ainda bem que alguém pegou neste manga para traduzir, tinha bastante curiosidade em ler porque pela raw me pareceu bem mais fraco que o one shot. E é por aí que vou começar, o autor fez algumas alterações entre as duas versões, algumas para melhor outras para pior, a que salta mais há vista é sem dúvida a troca do personagem masculino, que sem dúvida é a minha principal crítica ao primeiro capítulo.
O que é irónico nessa situação é se pensar-se em Hungry Joker, que no primeiro capítulo o seu principal defeito era a personagem feminina, apesar de serem dois mangas diferentes e personagens de sexos opostos é a mesma situação, um dos piores problemas dos shounens actuais e que as revistas e os autores teimam em continuar usando, os personagens bobões, em Hungry Joker isso podia passar ao lado se não fosse pelo one shot, mas em Cross Manage isso torna evidente porque mesmo sendo um manga de desporto, ainda tem a sua cota parte de romance e manga echi sem protagonista bobo não é manga echi e normalmente isso leva 9 em 10 echis a se tornarem maus mangas.
Uma história com personagens sem personalidade raramente funciona, apesar que dentro dos possíveis até que o autor trabalhou o protagonista bem no primeiro capítulo, dando-lhe algum brackground, mesmo que tenha tocado pouco no assunto, o que seria esperado. Isso leva-me ao principal ponto positivo da obra, o desenvolvimento, o one shot marcou-se por uma boa ideia e personagens relativamente interessantes, já esta versão acaba ganhando pontos no desenvolvimento de como leva o protagonista a se tornar treinador do clube de lacrosse.
Que só se estraga momentaneamente por aquela cena final em que ele lhe toca no peito e ela, numa cena digna de uma personagem de hentai, lhe chantageia. Outro problema do manga é que perdeu aquela aura de realista que tinha no one shot, onde só a protagonista era estranha, agora tem o típico personagem bobo de manga echi, apesar de que alto para ficar ainda mais estranho e um grupo feminino bem fantasioso. Fora que acho que as cenas echi prejudicam mais do que ajudam o manga, ou pelo menos não melhora em nada nem a qualidade nem a popularidade, já que a maioria das personagens estão longe do padrão de beleza da sociedade.
Concluindo, numa altura em que Kurogane foi cancelado, Cross Manage vai ocupar a sua vaga e não apenas por ser de desporto, mas sim por ser na mesma base de Kurogane, razoável, que se ir sobrevivendo vou continuar lendo, mas se for cancelado não vou sentir pena alguma. Já me alonguei demais então, de forma rápida, sobre os outros capítulos, foram razoáveis, não estragaram a imagem que tinha ficado do manga e mesmo não sendo algo que vejo com grande futuro, pode funcionar como manga razoável da Jump para ir lendo sem se prender.
16ºNaruto 612-617:
Muito tempo para comentar, então meio difícil escolher um para começar, de qualquer maneira vou começar com o tema mortes, até porque esse é provavelmente o tema central desses capítulos. Uma das maiores criticas, talvez mesmo a maior, a esta saga por parte dos leitores de Naruto é o facto de uma guerra precisa de mortes e até ao momento só tinham morrido zetsus, personagens randoms, se é que morreu algum, e personagens que já estavam mortos, ou seja os zombies, o que não faz qualquer sentido, já que torna praticamente tudo o que aconteceu até agora em algo dispensável, mais do que já foi.
Então agora os personagens começaram a morrer, então a reacção de fanático de Naruto seria dizer, então críticos já estão satisfeitos? E eu digo com muita pena que não, única e exclusivamente por algo que acredito que já tinha comentado antes, o que interessa não são as mortes, mas sim a importância delas, coisa que neste momento do manga é quase dispensável, a guerra em si já terminou, agora o que está acontecendo não é uma guerra, mas sim uma luta entre todo o mundo contra dois personagens e o seu bicho de estimação, então não faz sentido ninguém importante ter morrido quando estavam de igual para igual e agora que a balança, ou pelo menos os números, está claramente virada para a aliança os personagens começarem a morrer.
Apesar da cena bonita com todas as vilas unidas contra um inimigo em comum e principalmente a combinação entre o time do Shikamaru, a verdade é que esta batalha faria muito mais sentido se os líderes das alianças mandassem recuar os randoms, e até alguns não randoms, incluindo aí mesmo o Shikamaru e companhia, pelo simples facto de que em teoria, e só não é na prática num manga, as perdas seriam maiores que os lucros, até porque os mais fortes estariam preocupados com os mais fracos.
Resumindo a hora de matar personagens seria nas batalhas 1 contra 1, ou todos contra todos, que deveriam ter sido melhor abordadas pelo Kishimoto anteriormente na guerra, neste momento seria a altura dos personagens mais fortes atacarem, unidos contra um inimigo em comum, derrota-lo e no final comemorar. O Kishimoto está a trocar tudo, numa salada russa bem estranha. De qualquer maneira sobre as mortes em si, o pai do Shikamaru e companheiros tiveram uma morte mais ou menos, mas também é normal tendo em conta que nunca teve muito destaque, e nem era preciso ter.
Sobre o Neji, aí já tenho as minhas críticas e ao mesmo tempo elogios, a escolha do Neji para morrer neste momento é perfeita, até mesmo contrariando de certa forma o que disse acima, porquê que digo que a escolha do Neji é perfeita? Simples, Neji e Naruto não tem uma ligação directa muito forte, mas por outro lado o Neji significa muito para Naruto, é só lembrar que embate que eles tiveram no torneio chunnin, onde pela primeira vez Naruto mostrou ao mundo do que era capaz, Naruto nessa vitória não apenas derrotou um outro personagem forte, mas sim derrotou o génio, nessa altura por puro trabalho duro, numa das melhores construções que já li num manga e desde aí, que foi selada a grande ligação entre o Neji e o Naruto.
Então onde está a crítica, simples os outros 400 capítulos seguintes onde o Kishimoto esqueceu-se de trabalhar essa relação em prol de centrar o manga em Naruto e Sasuke, por isso essa morte teve um impacto tão fraco comparado com o que podia ter sido, ou melhor o que deveria ter sido. De qualquer maneira sem dúvida alguma se era para um personagem morrer ali e aumentar a moral do Naruto tinha de ser necessariamente no Neji e mesmo com as críticas feitas espero sinceramente que depois dessa pausa para mostrar o que o Sasuke está a fazer, mais que necessária neste momento, o manga volte com tudo e possa terminar essa batalha direito.
PS: Uma imagem mais impactante para a morte dos personagens também ficaria bem, a do Neji podia, e tinha, de ser melhor.
15ºHaikyuu 25-26:
Dois bons capítulos de Haikyuu, mas sem nada demais, que na verdade é exactamente o que se pede nessa fase entre jogos. Uma das piores coisas que um autor têm-se de preocupar é com os clichés, a maioria não consegue fugir deles e falham miseravelmente, outros abraçam os clichés e conseguem criar um bom manga como Kuroko no Basket, há claro os que sabem o que estão a fazer e clichés é coisa rara nas suas obras e há o quarto…
As histórias com as suas próprias características, que mesmo tendo várias situações clichés, fazem isso há sua maneira, com as determinadas características do manga, por exemplo esse novo personagem da equipa dos gatos, cliché até à ponta dos cabelos, mas funciona dentro do Universo de Haikyuu, por causa das características da obra.
De qualquer maneira o que disse acima resume basicamente esses dois capítulos que se focaram em apresentar a equipa adversária e em especial esse personagem, agora resta esperar pelo confronto entre corvos e gatos.
Ranking:
15ºHaikyuu 16ºNaruto Parte 1 17ºCross Manage 18ºNanatasu no Taizai 19ºHajime no Ippo 20ºNisekoi 21ºNew Prince of Tennis 22ºKiruko-san 23ºBleach Parte 1 24ºTakamagahara 25ºFairy Tail 26ºHungry Joker 27ºBeelzebub Parte 1
Acabei surpreendido pelo manga e tendo em conta a queda de qualidade de Hungry Joker e da falta de algo mais de Kiruko-san, Shokugeki no Souma é facilmente o melhor manga da última leva, como até pode ser comprovada pela toc, mesmo que o motivo de Shokugeki no Souma ficar em primeiro deve ser mais pelo quase hentai que pela sua qualidade. Além disso nos últimos anos na Jump ser o melhor da sua leva também não é algo para se gabar muito.
O problema dos mangas echi é que ganham leitores muito rapidamente, mas com a mesma velocidade que os ganham também os perdem, até por isso acho que Shokugeki no Souma teria muito mais a ganhar se fosse apenas um manga de comida, parecido com Yakitate Japan, de qualquer maneira ao contrário de boa partes dos echi, em especial os últimos publicados na Jump, o fanservice em Shokugeki no Souma não chega a ser forçado, ou pelo menos não é um “só porque sim”, mesmo que quem olhar o manga por cima possa ficar com essa ideia.
Dos mangas de comida que li, Toriko também tem a sua dose de reacções e é só olhar para Yakitate Japan que se percebe de onde surgiu essa ideia de quando um personagem come algo ter uma reacção extravagante, afinal em Yakitate Japan há quem tenha ido ao paraíso e voltado por causa de um pão ou pior ainda, as reacções exageradas do final do manga. Apesar disso a primeira reacção, com o polvo, foi exagerada demais, mas acredito que boa parte dos votos que colocou o primeiro capítulo em terceiro lugar na toc tenha vindo dessa página.
Saindo do fanservice falta comentar sobre duas coisas, primeiro a arte, a arte é excelente, uma das melhores dos mangas publicados actualmente na Jump, o problema da arte é que é bem padrão, personagens iguais a esses existem 1000, mais ou menos bem desenhados. E numa revista como a Jump isso não é de todo bom, mas também não é que seja motivo para dizer que só por isso vai ser cancelado, o que lhe seja um defeito gigantesco.
Por fim o background do manga, no que trata de comida, bom tema e boa escolha, ainda para mais com o que disse acima sobre as reacções, o problema é o manga gritar cliché em cada página e aí a arte padrão não ajuda. Exemplos do que disse são, a escola de comida bem exagerada, principalmente nas personalidades dos personagens ricos. A parte de ele ter falhado, só para aparecer uma pessoa por trás e lhe dizer que entrou, ou então os clichés dos clichés, ele ser filho do provável melhor, ou quase, chefe do mundo, o professor que só dá A’s ou E’s e a personagem feminina desastrada, entre outros.
De qualquer maneira acabei ficando surpreso do manga e volto a dizer o tema comida só lhe beneficia, não que isso seja surpresa, mangas echi com outro destaque que não apenas o fanservice sempre acabam tendo vantagens, basta saber ou não aproveita-las. Manga bem razoável, mas que duvido que não siga pelo mesmo caminho que os seus antecessores echis, cancelamento em mais ou menos 30 capítulos, esperar para ver, também de dizer que apesar de ter gostado, se fosse cancelado também não me faria grande diferença.
PS: Das reacções, a que coloquei acima foi a melhor.
13ºGin no Saji 54-59:
Sinceramente esperava mais do festival, o problema é a autora deixar os leitores mal habituados, depois de dois desfechos de arcos excelente e com um especial sobre “aliens” melhor ainda. Mas olhando para o final do 59 também parece que o festival não vai ser o climax do arco, o que pode querer dizer que ainda há esperanças do arco Outono poder competir com o de Primavera e o de Verão.
Outra coisa que também me está a deixar desanimado é a autora não estar a seguir muito uma lógica, o primeiro arco teve 10 capítulos, o segundo 19 ou 20, o especial teve 2 e este já vai quase com 30, ou seja metade do manga num único arco. Acho que 20 capítulos seria o ideal, principalmente tendo em conta que a autora faz sempre umas pausas por ano, dava bem para ter duas estações por ano, o que renderia ao manga uns 6 anos, mais que aceitável para um manga sobre uma escola agrícola.
Para concluir, apesar do que me desapontou, foram bons capítulos, principalmente no que diz respeito há interacção entre os personagens, que aos poucos, como sempre deve acontecer, vão se tornando mais familiarizados pelos leitores.
12ºRookies 84-89:
Ia comentar só com os 3 últimos capítulos do volume 9, mas como parece que a AUIEO vai demorar até lançar os próximos capítulos, comento logo tudo aqui. O meu comentário vai ser praticamente o mesmo do que tenho feito nas últimas vezes, pensava que a esta altura o manga já estivesse mais ligado ao basebol, mas o autor continua indo pelo seu lado mais drama escolar e continua indo bastante bem.
Por causa de ter acompanhado a primeira metade de Slam Dunk pelo anime muitas vezes esqueço-me de que a maior parte de Slam Dunk também foi bem nesse drama escolar e lutas entre alunos, mas nos últimos volumes do manga o Inoue dedicou-se a 100% ao basquetebol e fez um final fantástico, espero que Rookies siga no mesmo caminho, só que com um final mais feliz, até porque ainda não li nenhum manga onde mostrasse a final do Koshien.
11ºShuumatsu no Laughter Fim:
Fui apanhado de surpresa sobre o manga ter apenas 5 capítulos, principalmente porque a autora no primeiro capítulo deu-se ao trabalho de criar um bom background, algo que em histórias curtas não faz muito sentido haver, até para não ficar esse sabor que ficou com Shuumatsu no Laughter, que a história podia ter rendido mais.
De qualquer maneira tirando a parte do background dos demónios e as suas bocas, a verdade é que recebi a notícia de bom grado, porque não estava tão convencido que a autora tinha ido pelo melhor caminho ao tornar a irmã do protagonista no verdadeiro demónio, podia funcionar ou não, isso é algo que não dará para saber, mas gostei de ver o manga terminar com apenas 5 capítulos.
Foi um bom manga, que serviu para juntar uma obra ao currículo da autora e para promover o seu próximo trabalho na Sunday, desta ver algo mais longo, ao qual aguardo para ler. E volto a dizer o que já tinha comentado antes, tendo em conta o que li de Kekkaishi, quase 20 volumes, e Shuumatsu no Laughter é mais que obvio que não se deve esperar uma obra-prima do próximo trabalho da autora, mas sim um manga divertido e bom para passar o tempo e a princípio melhor que Nanatsu no Taizai e espero que melhor que Shuumatsu no Çaughter e Kekkaishi.
10ºBleach 524-526:
Primeiro queria deixar a pergunta: “O Kubo já tinha dado alguma pista antes ou saiu do nada essa cena da Unohana ser uma Kenpachi?” Se sim, então esses capítulos, ou pelos esses aspectos que vou comentar nesta parte, deveriam ter ficado melhor, senão, o que acredito mais ser verdade, podiam ficar mais abaixo.
Foram 3 bons capítulos por parte do Kubo que só falharam por 3 aspectos, a mudança drástica da personalidade da Unohana, que em menos de 10 capítulos, já foi a personagem calma do manga inteiro, passou por ser humilhada pela Guarda Real e agora diz que era rebelde quando era adolescente e que afinal não é assim tão simpática e que o seu poder em vez de se basear em estratégia se baseia totalmente em poder de destruição. O segundo ponto é a mudança drástica de cenário, por um lado foi bem-vindo porque já chega de humor à lá Kubo, mas não deixa de ser enrolação no que diz respeito ao Rei e ao que deveria importar. Por fim o provável desaproveitamento de uma das melhores personagens do manga.
Tirando isso o Kubo acertou em cheio, ou quase, no que fez, até mesmo os capítulos rápidos de ler e com poucas falas funcionaram nestes 3 capítulos, fora que o facto do Kubo ter apostado nas falas em formato de pensamento, o que ajudou a criar bons capítulos, em especial o final do último. No geral foi uma boa relação entre os dois personagens que pecou por ser repentina, faltou trabalha-la durante mais tempo, antes de soltar esses capítulos. Resumindo o Kubo acertou no que sabe fazer melhor essas batalhas com destaque nos pensamentos dos personagens, o que só é pena por tornar a bankai da Unohana nesse capítulo em algo secundário.
PS: Mas nada foi melhor do que ler dois capítulos sem Ichigo e principalmente sem a comédia do Kubo.
PS2: Uma página dupla nessa cena final não ficava nada mal, dessa maneira acabou destacando o fundo favorito do Kubo, branco.
9ºAssassination Classroom 22-30:
Muito capítulo para comentar, então vou revisar rapidamente, o arco da Noma foi finalizado com a qualidade habitual de AC, ou seja bem, já o arco seguinte da revanche da Turma E para alguns outros alunos mostrou o quão infantil o manga pode ser, provavelmente apresentando no capítulo 24 o capítulo mais fraco do manga até ao momento. O arco da Irina e do seu professor serviu para melhorar a imagem da Irina no manga e pouco mais que isso, deixou a ideia que o outro professor era super forte, mas isso também segue para um caminho bem cliché. Já os mais recentes deixaram uma ideia que pode seguir um caminho mais direcionado ao tema principal, o passado do professor, mas esperar para ver.
Vale lembrar o que digo já desde praticamente o início do manga, o autor sabe o que está a fazer no que diz respeito há quantidade de capítulos investidos por arco, só ver que a maioria dos arcos de AC tem 3 capítulos, como esse da Irina, começo, meio e fim. Também é só ver que o único arco que passou disso, o da viagem, o autor perdeu-se no meio dele, mesmo que não se possa dizer que foi um total fracasso.
O capítulo 28 e o 29 abrem boas possibilidades para o futuro do manga, mas tendo em conta que o autor até ao momento está a fazer muito isso de criar bons plots, mas arruma-los logo de seguida, melhor deixar a espectativa baixa, além disso o autor devia de começar a pensar numa maneira de juntar personagens ao elenco sem precisa-los se tornarem ou alunos ou professores, ou melhor dizendo trabalhar os personagens iniciais da turma, afinal para quê criar a trama numa escola se a maioria dos personagens em destaque são alunos e professores transferidos. Seja como for mais um aluno na turma e pode ser que seja desta que AC apresente o grande capítulo que lhe está a faltar.
Resumindo, AC continua apresentando capítulos bons, mas sem algo grandioso. E é por aí que volto a tocar nos assuntos que critiquei há uns tempos atrás, primeiro, AC já tem quase 30 capítulos e está mais que na altura de apresentar um capítulo melhor do que o primeiro, porque a verdade é essa, por mais que AC seja bom, ainda não mostrou nada a mais que não se tenha visto no capítulo 1, no máximo apenas o que aconteceu no 30.
Em segundo lugar lembro-me claramente de quando disse por volta do capítulo 3 ou 4 que AC tinha um ar de um manga veterano e que tudo há volta parecia funcionar por si só, com os personagens já todos em harmonia, o pior é que com 30 capítulos isso parecia-me mais verdade no 3º ou 4º capítulo do que neste momento e isso deve-se principalmente ao facto do autor não parar de apresentar personagens e deixar o resto da turma, que não o Nagisa e o Karma, completamente de parte.
Sobre o 30, que acabei lendo já depois de ter escrito o texto acima, claramente pode ser o ponto de viragem e o grande momento que falta a AC, mas por outro lado, também pode querer dizer que o manga se vai afastar cada vez mais da proposta inicial da classe. Há pontos positivos e negativos, é uma questão de esperar para ver, mas mais uma vez repito, independentemente das críticas o manga está bem e recomendasse.
PS: Só agora ao escolher as imagens que reparei nessa última imagem, tendo em conta que existem 3 lugares disponiveis na turma, 2 já que o "irmão" do Duro de Matar acabou chegando entretanto, a principio quer dizer que ainda vão entrar mais dois novos alunos, esperando estar errado, já chega de novos personagens, que tal trabalhar os outros alunos.
8ºOne Piece 691-698:
Muita coisa para comentar então tentando resumir o mais bem possível, no que diz respeito à história de capa com o Caribou nenhum grande desenvolvimento, até pelo grande número de páginas coloridas que o manga teve nesses capítulos, de qualquer maneira esperando que nas próximas semanas se desenvolva algo interessante, até porque ele está numa ilha do Kaidou.
Tudo o que se esperaria se confirmou nesses capítulos, o Luffy derrotou o Caesar relativamente fácil, igual ao Law contra o Vergo, o que volto a mencionar que deixa o Smoker um pouco abaixo do que seria de esperar neste momento do manga, já que não teve nenhuma vitória importante neste arco, mas esperar para ver já que o Oda tem de equilibrar obrigatoriamente a balança. Além dos 3 personagens em destaque do arco, com este final razoável do arco, o Oda mostrou que alongou em demasiado tudo o que envolveu a ilha de Punk Hazard, porque praticamente todos os problemas, até mesmo o Caesar, seriam resolvidos se o arco tivesse tido entre 20 a 30 capítulos em vez de mais de 50, tornando se aborrecido em certas partes e exagerando nas personalidades, algo que não aconteceria, ou melhor não teria tempo de acontecer, num roteiro mais rápido.
O Buffalo e a Baby 5 são dois personagens típicos de One Piece, e até por isso servem como exemplo para o arco mais fraco de One Piece, em bons tempos de One Piece acredito que seriam dois personagens que seriam bem recebidos pelo público e que eu pessoalmente iria gostar, não adorar, mas gostar, já com este arco mais fraco nem lhes vi tanta piada, mesmo sendo dois personagens ao estilo One Piece.
Quando vi o final do capítulo 694, na altura, fiquei extremamente irritado com One Piece e com o Oda, porque o que nunca quis que acontecesse seria ver o Flamingo vs Luffy em Punk Hazard, o embate entre eles teria de ser necessariamente em Desrosa, até para se poder livrar de Punk Hazard e de um momento menos bom de One Piece. Com isso foi um alivio que uns capítulos depois o Oda resolveu não colocar Flamingo em Punk Hazard ao mesmo tempo do Luffy, excelente decisão, mesmo que para isso tenha de enrolar mais um pouco para o confronto dos dois.
Houve no final do 695 a dúvida sobre quem era o personagem que apareceu no final, tendo em conta os anteriores personagens que apareceram assim, só poderia ser Aokiji ou Mihawk, parecendo mais o Mihawk, mas fazendo muito mais sentido ser o Aokiji, algo que se confirmou no capítulo desta semana. Mesmo que pelo meio o Oda ainda tenha colocado os subordinados do Flamingo num barco só para confundir as contas do personagem misterioso.
One Piece segue várias ideias das quais raramente se afasta, ou seja a zona de conforto, ou a sua essência, duas coisas com significado diferente, a zona de conforto é na maioria das vezes usado como critica, afinal quer dizer que uma história nunca se arrisca de verdade, isso em One Piece seria o formato dos seus arcos/sagas, que basicamente seguem o mesmo padrão, à excepção de Marienford, e é provavelmente por Marienford, um grande risco tomado pelo Oda, ter funcionado tão bem que não há muito o que criticar One Piece na sua essência, essência essa que se baseia em chegar a uma ilha, criar ou encontrar um problema, vencer um vilão e festa no final, por isso é que se gostando ou não, a festa no final é obrigatória no Universo de One Piece, porque pior do ser repetitivo por ter uma festa no final do arco é fugir da sua essência, problema de boa parte dos mangas que por aí andam.
Por fim, Punk Hazard por menos bom que tenha sido traz várias aberturas para o futuro do manga e como disse acima poderia ter funcionado na perfeição se o tempo gasto com corridas e com o Caesar tivesse sido reduzido consideravelmente. Afinal o background era a ilha da luta entre Aokiji e Akainu, criou-se a parceria entre o Law e o Luffy, o Flamingo estava envolvido, o Smoker também e até no final o Akainu deu as caras.
7ºOne Punch-Man Actualizado:
Colocando o manga aqui, mas sem comentar sobre nenhum capítulo em especial, apenas adicionando mais um daqueles gifs sobre uma sequência que deve aparecer num dos próximos capítulos.
6ºHunter x Hunter Kurapika One Shot:
Infelizmente nesta ausência fiquei um monte de tempo sem comentar sobre o final do one shot, o que faz com que já não aja muito o que dizer, que não tenham lido em qualquer outro lugar, one shot simples, com o propósito principal de promover o filme e que infelizmente para a maioria não teve o massacre retratado no one shot.
Quer dizer, infelizmente até há penúltima página, porque neste one shot o Togashi fez o regresso das páginas pretas, ou no caso página preta, que para quem não se lembra também foi usado no provável melhor capítulo de sempre do manga, a morte do Meurem. E igual nesse último caso, o Togashi não podia ter acertado melhor, duvido que um capítulo de 30 páginas sobre o massacre pudesse ter um impacto maior que essa página teve, dessa forma cada um imagina à sua maneira e não apresenta um massacre numa revista shounen.
5ºDorohedoro Extra Volume 10:
Devia comentar sobre o extra e o capítulo 61, mas deixo o 61 para comentar para a semana, já que faz mais sentido comentar junto com o resto dos capítulos. Sobre o extra, basicamente a autora decidiu dar destaque ao personagem mais poderoso de Dorohedoro, Chidaruma, o demónio mais forte.
Uma coisa que sempre gostei bastante em histórias que envolvam níveis de poder são esses personagens extremamente fortes e que são invencíveis, ou quase, no seu Universo, mesmo fugindo de certa forma da realidade, se torna algo bem interessante, afinal cria aquele sentimento de impotência, de que por mais que se esforce nunca se conseguirá alcançar. Só relembrando o melhor confronto já feito envolvendo personagens desse género, Meruem vs Netero, em Hunter x Hunter, dois personagens que claramente estavam num nível diferente, num nível que nunca que Gon ou qualquer outro personagem do manga chegará, a não ser que o Togashi queira estragar o fez de bom. Resumindo uma batalha colossal, que serve como um extra, e que extra, para Hunter x Hunter.
E a autora parece que gosta desse tipo de personagem também, porque representa na perfeição o que qualquer personagem desse género tem de ser, desde o facto de que ele “brinca” com o En, personagem até ao momento visto como extremamente forte, como se ele fosse uma formiga, desde a personalidade estranha, jogando coco de pombo nos usuários de magia fracos, ao facto de que arranca as asas e os cornos só para poder dormir melhor ou para finalizar se deitar no meio da rua só porque sim.
Resumindo, mais um típico capítulo simples de Dorohedoro que é contado na perfeição, desta vez envolvendo o dia-a-dia do personagem mais forte de Dorohedoro, que não está nem aí para o que se passa com o Kaimen ou em idolatrar o En ou qualquer outra coisa que a autora tenha destacado no manga até ao momento.
PS: O personagem é tão overpower que nessa imagem acima tenho as minhas dúvidas se isso não é uma homenagem à Marie de Music of Marie, um dos melhores mangas que tive o prazer de ler.
4ºBeelzebub 184-191:
Finalmente Beelzebub voltou a ter bons capítulos, pena que para isso seguiu o caminho mais simples, em vez de ter arriscado e seguido para onde realmente deveria ir, que de forma resumida é em direcção ao mundo dos demónios, mas em vez disso, a forma que o autor arranjou para melhor a qualidade em baixa de Beelzebub foi voltar às origens, que deu tão certo nos primeiros 40-50 capítulos do manga.
Beelzebub sempre foi um manga que não deveria ser só battle shounen nem só comédia, mas sim uma junção dos dois, por isso essa situação de delinquentes escolares e lutas entre gangs funciona na perfeição no manga, afinal tem a parte de luta, mas nunca deixa a comédia de lado, então resumindo voltar a Ishyama, num novo ano, com novos novatos e com toda a nova luta pelo poder é algo que não tem como falhar, na verdade até tem, já que o Oga está claramente num nível superior, mas numa fase inicial não tem como falhar. E se o autor se inspirar em Crows/Worst e retirar 1/10 da sua qualidade podemos estar perante um grande arco.
Não me vou aprofundar muito, nas próximas semanas logo o faço, por agora apenas dizer que funcionou, que Beelzebub está excelente e que se o autor não diminuir em demasia o arco e não estragar tudo num final do nada tem tudo para ser o melhor momento do manga após a luta do Oga e do Toujou, relembrando novamente que por mais que o manga esteja bom, voltar às origens desta forma é sempre algo negativo e que mostra uma de duas coisas, ou o autor não quer arriscar e falhar ou simplesmente não tem qualquer ideia de como faria o mundo dos demónios.
3ºShingeki no Kyojin Actualizado:
Voltando a comentar sobre Shingeki no Kyojin, mas só irei voltar a comentar sobre os capítulos no próximo post, por agora apenas recomendar para quem ainda não leu e dar destaque a um dos melhores mangas da actualidade. Era para deixar as melhores imagens dos últimos capítulos, mas acabei decidindo por colocar o trailer do anime, do qual de certeza vou acompanhar e se o anime estiver tão bom como o trailer, pode estar aí o novo Full Metal Alchemist, anime tão bom ou melhor que o manga.
2ºNaruto 618-620:
Excelente jogada do Kishimoto, sinceramente já nem me lembrava que o Sasuke ainda não tinha pisado em Konoha na fase Shippuuden, demorou quase 400 capítulos para tal feito e o Kishimoto não deixou de aproveitar para fazer uma excelente analogia. A verdade é que podia ter ficado melhor se o Kishimoto tivesse colocado a imagem no mesmo exacto ângulo, se a saga do Pain tivesse tido efeito em Konoha e principalmente se houvesse mais um rosto entre os hokages, teria simbolizado muito mais, mesmo assim não retira muito do brilhastismo da cena, da qual destaco dois aspectos fundamentais, o Naruto dizer que Konoha não mudou nada e o Sasuke dizer que mudou um pouco e provavelmente a melhor, que acredito e espero que tenha sido intencional, Naruto chegar de dia e Sasuke à noite. De qualquer maneira isso seria apenas o começo dos excelentes capítulos que estavam por vir.
A mudança de trama também foi algo que vi com bons olhos, a parte da guerra, mesmo com o Juubi e a chegada da aliança, estava bem desinteressante, então mudar, nem que seja algo rápido, pode aliviar bastante o clima e quando o Kishimoto voltar há guerra pode ser que flua melhor. Outra coisa que também funcionou bastante bem, para surpresa de muita gente incluindo-me a mim, foi o Sasuke, que parecia nestes dois capítulos o Sasuke que sempre deveria ter sido, mas que se perdeu a partir do pós time-skip e principalmente pós morte do Orochimaru.
Isso vê-se por particamente os dois capítulos inteiros, mas principalmente pela frase final do capítulo 619, onde o Sasuke faz uma pergunta realmente interessante e não apenas mais uma das suas perguntas típicas, além disso pelas suas reacções calmas a tudo o que acontecia à sua volta. Além disso com a ressurreição dos 4 kages, me apercebi de uma coisa e que poderia ter sido uma ideia brilhante por parte do Kishimoto, mas que neste momento não faz muito sentido de acontecer.
Dos 5 kages, 3 são senjus, um é aluno de um desses senjus e o outro é aluno do aluno desses senjus, fora que se Naruto se tornar Hokage também terá parte Senju, ou seja todos os 6 kages, já contando com o Naruto estariam ligados aos Senjus, mas não há nenhum Uchiha, o mais perto disso foi o Danzu e seria o Kakashi se tivesse aceitado, mas Uchiha mesmo nenhum, então se o Kishimoto tivesse mantido o excelente Sasuke da fase clássica e não o tivesse perdido pelo caminho veria o Sasuke como hokage uma ideia brilhante, mais que brilhante uma ideia genial, ainda para mais depois dessa conversa. Mas aí entra os se’s e as várias coisas que o Kishimoto podia ter feito melhor do time-skip para cá.
O único, ou pelo menos o principal, defeito destes capítulos foi sem dúvida a comédia e dentro desse aspecto, principalmente a comédia em torno do primeiro hokage, não lhe acabou com a imagem, mas pouco faltou, não chega a ser algo simplesmente medíocre como em Bleach, mas se tivesse sido evitado teria fluido melhor. Por contra-partida o Kishimoto confirmou o que há muito tempo se vem expectando a influencia do segundo hokage, por um lado é meio exagerado a diferença de imagem que se tinha dele na fase clássica para agora, mas que seja, ele a cada menção que tem na obra se mostra um shinobi ainda mais forte e a ser respeitado, mostrando que afinal não fica assim tão atrás do seu irmão mais velho.
Mas sem dúvida o que troce esses 3 capítulos de Naruto para o segundo lugar e que só não entram em primeiro porque seria injusto com Toriko, foi o capítulo 620, acertou em 3 pontos-chave. Meio como quem não quer a coisa mostrar a força do Hashirama, a excelente frase do Sasuke interrompida ”Destruir Konoha ou talvez”, esse talvez abre várias possibilidades interessantes, se bem trabalhadas podendo fazer um twist que mude várias decisões duvidosas do Kishimoto no pós time-skip e terceiro o passado dos Senjus e dos Uchihas.
Só digo que o Kishimoto com esses 3 capítulos pode ter arranjado maneira de mudar radicalmente o clima de Naruto e mudar muitas opiniões sobre o actual e futuro estado do manga. Como se diz, o Kishimoto tem a faca e o queijo nas mãos, tudo depende dele, pode com este ponto de viragem fazer algo que muitos já achariam impossível ou então apenas dar a machadada final.
PS: Com o Hashirama vivo seria uma boa maneira de criar algo como Meruem vs Netero em Naruto, dessa forma fazendo com que o Naruto não precisasse ganhar poderes vindo do nada para derrotar um personagem que claramente é visto como superior.
PS2: Nunca pensei dizer isto, mas tendo em conta esses capítulos ainda é possível o Sasuke ter salvação.
PS3: Daqui a umas semanas/meses logo poderei saber com melhor precisão se o que disse acima foi um exagero de alguém que, mesmo com as criticas, quer ver Naruto tão bom como já foi, ou se estarei certo em me empolgar.
1ºToriko 214-221:
Nem era para colocar Toriko em primeiro, pelo menos da primeira vez que toquei neste post, mas com a chegada da Bishokukai, mudou o que eu tinha para comentar acerca de Toriko. Não me lembro se cheguei a dizer, mas o início do torneio fez-me lembrar bastante, não a nível de qualidade obviamente, dos Jogos Mágicos em Fairy Tail, isto porque da mesma maneira que o Mashima não tinha guildas o suficiente para fazer um torneio, também o Shimabukuro não tinha chefes o suficiente para fazer um torneio interessante, principalmente nas fases iniciais.
Além disso sempre vi interrupções de torneios como algo negativo numa história, mesmo que sejam raros os torneios que num manga não são interrompidos, só olhar para os torneios em Dragon Ball Z, o exame Chuunin ou agora este. Mas o engraçado é se apenas houver uma dessas falhas vejo como algo mau, mas se juntar-se as duas é a melhor ideia possível, ou seja, o torneio já estava a ir rápido demais por causa de não haver personagens secundários interessantes suficientes para manter uma prova de qualificação interessante, logo para quê seguir com um torneio dessa forma, com a maioria dos concorrentes sem nunca se ter visto antes no manga, melhor a fazer é mesmo interromper e isso o autor fez na altura certa.
Tivemos a apresentação do Buranchi, mais um personagem com a cara e corpo do Toriko, só que desta vez com um nariz grande, apesar disso já mostra ser um personagem bem carismático. Boa introdução do personagem e melhor ainda foi ver que ele e o Komatsu combinam muito bem, único problema do personagem foi a introdução repentina, mas é típico do Shimabukuro. Outra coisa que não gostei muito foi ver que o Shimabukuro vai seguir o cliché de todos os chefes serem fortes, por isto não quero dizer que todos deveriam ser igual ao Komatsu, mas todos serem fortes é exagero, além disso numa competição de corrida não haveria a necessidade dos chefes mais bem cotados ficarem nos primeiros lugares.
De resto foi o ataque da Bishokukai e os vários combates individuais entre os personagens de maior destaque, destacando que o Tomyrod e o Sany são o par ideal. Vários capítulos para aumentar o hype neste ataque e agora é ir esperando pelo que há de vir, que é uma grande incógnita, para último destaque fica o Zaus, que duvido muito que tenha sido derrotado, até pela surpresa da Setsuno ao vê-lo no chão.
Resumindo, o Shimabukuro está a criar um grande hype à volta desta invasão da Bishokukai, e nisso ele sabe fazer como poucos, o problema é depois corresponder esse hype à realidade, ou seja, quando pararem de aparecer novos personagens nesta batalha, e aí é que fica a questão, “Será que essa invasão estará ao nível do hype criado?” É uma questão de esperar, já não deve faltar muito para os capítulos estabilizarem, espero.
Ranking:
1ºToriko 2ºNaruto Parte 2 3ºShingeki no Kyojin 4ºBeelzebub Parte 2 5ºDorohedoro 6ºHunter x Hunter 7ºOne Punch-Man 8ºOne Piece 9ºAssassination Classroom 10ºBleach Parte 2 11ºShuumatsu no Laughter 12ºRookies 13ºGin no Saji 14ºShokugeki no Soma 15ºHaikyuu 16ºNaruto Parte 1 17ºCross Manage 18ºNanatasu no Taizai 19ºHajime no Ippo 20ºNisekoi 21ºNew Prince of Tennis 22ºKiruko-san 23ºBleach Parte 1 24ºTakamagahara 25ºFairy Tail 26ºHungry Joker 27ºBeelzebub Parte 1