Opinião Semanal #23
12ºFairy Tail 281:
Para variar Fairy Tail em último, mas pelo menos comparando com os anteriores, foi muito melhor, até porque é o normal nos capítulos entre os rounds, afinal o Mashima não pode exagerar tanto quanto faz normalmente durante os torneios e as batalhas.
A primeira página do capítulo mostra bem como o Mashima leva a sério este torneio, mudando o nome da equipa para um nome ridículo, apenas porque perdeu uma batalha que nunca na vida o Elfman ganharia. Outra coisa chega a ser ridículo essas pontuações, a Sabertooth nem pontuou no segundo round, pelo contrário a Raven Tail já leva uma vantagem gigantesca, diria mesmo impossível de ser quebrada, mas como se está a falar de Fairy Tail o mais provável é no próximo round nem sequer fazer 7 pontos.
A conversa entre a Erza e o Gerard que serviu de gancho para o final do capítulo. Gosto quando uma história consegue ter vários pontos de vista, ou seja, a Erza é amiga do Gerard e da Milliana, mas a Milliana odeia o Gerard, de qualquer maneira isso tem de ser bem feito e não feito como se ela estivesse errada, até porque dificilmente isso irá culminar de outra maneira que não a reconciliação das duas partes.
No segundo assunto do capítulo, a maga dos espíritos estrelares da Sabertooth foi banida da guilda por ter perdido e é banida despindo as roupas e ficando nua frente de toda a guilda, apenas porque isto é um manga shounen e precisa da sua cota parte de peitos. Ela saiu da Sabertooth, mas já foi bater á porta da fairy Tail, provavelmente será mais uma Juvia.
Dentro do mesmo assunto teve duas coisas positivas, primeiro gostei do design do mestre da guilda e por causa do Rogue, gostei da sua maneira de ser, isso já vem desde a sua primeira aparição, o que se confirmou neste último capítulo. Já agora o gato dele também é uma das poucas coisas que o Mashima acertou de há uns bons tempos para cá. Só espero que não seja mais um a se juntar à Fairy Tail no final do arco.
Por fim saiu um especial, que prefiro nem aprofundar muito, mas aquilo foi totalmente ridículo e desnecessário, não acrescentou nada ao torneio saber os pontos fortes e fracos de cada personagem, até porque os mais importantes ficaram com sinal de interrogação.
11ºReborn 383:
Só tenho uma coisa a dizer, capítulo dedicado à Chrome. E com isso não há muito a dizer, capítulo chato e acrescentando pouco ou nada à saga, que sem dúvida funcionaria melhor sem ela ter aparecido, até porque sejamos realistas com tanto personagem razoável que já foi eliminado da competição, o que a Chrome irá mostrar de novo?
Valeu no final pela página dupla, novamente, mas não chegou para melhorar o capítulo.
10ºNisekoi 18:
Aqui está outro exemplo de personagens que nunca devem ser muito destacados, principalmente quando não mostram nada de novo. Na semana passada disse que gostei do mini-arco envolvendo a nova personagem, não retiro nada do que disse.
Nessa altura a Tsugumi era o centro dos capítulos, mas era uma nova personagem, além de que em apenas 3 capítulos mudou várias vezes de carácter o que sempre acrescentou algo novo, no capítulo 18 simplesmente se foca nela e na relação com o Raku, não acrescentando nada de novo ao que tinha feito no capítulo anterior.
Essa provavelmente será a maior dificuldade que o autor terá para levar Nisekoi para a frente, criar plots inteligentes e não repetitivos, até porque Nisekoi em 18 capítulos já mostrou bastante repetitivo.
A única informação nova é quando a Tsugumi conta sobre o primeiro amor da Kirisaki, nova informação para o Raku, mas para nós leitores já o tinha ficado claro no manga.
9ºNew Prince of Tennis 73-74:
Não tenho muito o que comentar sobre New Prince of Tennis, muita enrolação, onde em dois capítulos se teve apenas duas coisas dignas de citação. A mudança do Niou para Kabaji e o Atobe cedendo à pressão no final do capítulo 74.
Esperando novos capítulos e o desfecho deste jogo que se alongou por 3 meses, 4 se pensar-se que não saíram novos capítulos em Maio. Se continuar a este ritmo só daqui a um bom tempo para se ver o desfecho da luta pelo primeiro lugar.
8ºNaruto 584:
Capítulo bom, um dos melhores dos últimos tempos, mas confesso que esperava mais da “volta” do Orochimaru, um personagem bastante emblemático que podia ter sido melhor utilizado no flashback, de qualquer maneira gostei de voltar a relembrar dos bons momentos do manga, além de toda uma conspiração que vem de antes do inicio do manga, mas que infelizmente acabou pelas mãos do Sasuke.
Sim, o Kabuto continuou, mas esse flashback mostrou bem, o Kabuto não é o Orochimaru e nunca chegará ao seu nível, por nível digo carisma, não força, porque desde uns bons tempos para cá que Naruto segue os mesmos padrões de Dragon Ball, apesar de ainda não num nível tão critico.
Por fim, gostei bastante dessa página que abre o comentário sobre Naruto.
7ºBeelzebub 154:
Antes de ler o capítulo já tinha pelo menos uma ideia que não seria exactamente o melhor final possível, até cheguei a comentar que só espera que não me arrependesse de ter elogiado tanto o manga na semana passada. Não me arrependendo, mas também não posso dizer que esteja satisfeito com o final.
Antes de comentar sobre o final, apenas uma curiosidade, manga shounen, luta final e sem página dupla? Muito, mas muito difícil surgir algo bom daí, pode ser apenas um pormenor, mas por aí se vê que o final não foi como se esperaria, afinal, sem página dupla, o ataque final não teria o mesmo impacto.
Mas é sobre esse mesmo ataque final que fica a grande dúvida do final do arco, qual considerar o ataque final, o soco na barriga que deixou o Aiba KO ou o golpe final que derrotou o pequeno demónio? Pessoalmente gostei de ver o Oga derrotando o Aiba rápido, mas coloco as mesmas questões da luta final entre ele e o Jabberwock, no momento faz sentido, mas e as consequências dessa vitória fácil.
Basicamente o que quero dizer é o mesmo que fez de Dragon Ball se tornar um manga com um nível de poder completamente sem sentido, o Oga derrotou um humano do nível do Toujou sem problemas e derrotou o Jabberwock sem tanta dificuldade assim, ou seja a diferença de poder dele para o resto dos personagens já é gigantesca. O que quer dizer que arcos de batalhas no mundo humano já não fazem sentido.
O que leva novamente há mesma questão de sempre, ganhar um rumo, o autor vai ter de arranjar uma maneira de colocar o Oga no mundo dos demónios, já não faz sentido tanta enrolação para isso. Infelizmente os melhores capítulos de Beelzebub foram sempre os que não tiveram demónios, à excepção do Beel, envolvidos, então vai ser sempre aquele debate que o autor terá. Mas Beelzebub chegou a uma situação que precisa seguir para uma nova fase.
Por fim, mais um final de arco que não esteve ao nível do arco em si.
6ºHerois da Fúria:
Como fã do Murata fui ler o one shot cheio de expectativa, mas no final acabei desiludido, não que tenha sido uma completa desgraça, não foi, mas estava longe do hype que as duas páginas coloridas mostravam ser.
Basicamente a arte e a história não combinaram, ou melhor a história não teve ao nível da arte e pior que isso as duas primeiras páginas não tem nada a ver com o resto do one shot, duas páginas numa arte belíssima, com total clima de aventura épica, com vários cenários misturados, cultura medieval, árabe e um animal meio girafa meio zebra que mostrava um mundo cheio de possibilidades.
Podia escrever aqui um texto gigante apenas sobre essas páginas e todas as expectativas que tive ao vê-las quando na altura olhei a raw do one shot, já esperava um manga sendo lançado na Jump, mas não apenas mais um manga, um manga com grandes possibilidades de fazer frente aos do topo, já que a arte é excelente e pelas imagens parecia uma história no mesmo sentido, mas infelizmente não foi isso que aconteceu.
Como descrever o resto do one shot, na minha opinião é parecido com os one shots que o próprio Murata lança esporadicamente, uma comédia divertida em clima de aventura, apenas mais um entre vários, o que claramente não mostrava o hype que o próprio Murata criou nesse one shot, sim a sua parte, a arte, está excelente como sempre, mas a história não é nada que ele, ou os seus parceiros, já não tenha feito antes e melhor.
Continuou fã do Murata e espero pelo seu próximo trabalho.
5ºAo no Exorcist 34:
No inicio não estava a gostar nada do capítulo, pelos mesmos motivos que raramente gosto de Reborn quando não estão em fases de batalha, chato como tudo e toda uma relação melosa demais entre os personagens. Resumindo são aquelas cenas desnecessárias de final de arco que não adiantam nada à história, mas que de certa forma são precisas mostrar e que vários autores não sabem fazer da melhor maneira.
Mas o final foi excelente, gostei especialmente da piada do Filho do Satan, foi usada na dose certa e na altura certa, culminando numa foto final excelente. Mas o ponto forte do capítulo sem dúvida foi a página que abre o comentário de Ao no Exorcist, simples e bem executado.
4ºBleach 490:
Este capítulo por si só não merecia o quarto lugar, pura enrolação do qual só tenho duas coisas que comentar. O Nazi se transformou numa espécie de anjo esquisito e a chegada dos Vandenreich à Soul Sociaty.
Então porque o quarto lugar, simples, pela primeira vez desde que acompanho Bleach semanalmente, comecei exactamente a seguir à morte do Ulquiora, fiquei empolgado para ler o capítulo seguinte. É verdade, pela primeira vez Bleach não foi apenas um manga que perco 2 minutos lendo por semana, mas sim um manga que fico esperando pelo próximo capítulo.
Agora é esperar para ver se o Tite Kubo consegue manter o manga interessante e já agora se não poderia andar um bocadinho mais depressa com as coisas.
3ºOne Piece 665:
No final o Mangellan não saiu de Impel Down, apenas foi despromovido, provavelmente ele próprio quis já que ele era o director quando aconteceu o maior fiasco de sempre em Impel Down. Mas o Hannibal também não parece ser a melhor escolha para o cargo.
O manga começa logo com uma conversa entre tarados, entre o Sanji e o Brock, mas também que a verdade seja dita quem naquela situação não viraria tarado? Só mesmo protagonista de manga echi e personagens do tipo do Luffy.
O Oda tentou forçar com a reacção da Robin às falas do Franky no corpo do Chooper e achei completamente desnecessário, não tem nada a ver com a personalidade da Robin que foi criada desde que apareceu. De resto essas mudanças continuam a funcionar.
A maior parte do capítulo se focou na doença das crianças, o que cria mais perguntas do que responde, de qualquer maneira essa doença dá o motivo final para os mugiwaras irem atrás do Caesar Clown. Antes de passar ao assunto final, só mesmo o Luffy para achar que está tudo bem com os seus 4 amigos continuarem nos mesmos corpos, ele e o Sanji.
No final mostra o Broock, o Sanji e o Zoro derrotados, só espero mesmo que tenham perdido por terem sido apanhados desprevenidos ou qualquer coisa do género, porque senão esse vai ser o primeiro grande erro do Oda nesta saga, porque depois do fiasco que foi a ilha dos tritões, esta saga ainda será, tecnicamente, a saga para mostrar o poder dos mugiwaras, então no máximo os adversários deveriam estar no mesmo nível.
A motivação do Law para estar nessa ilha contínua em total segredo, para manter as dúvidas dos leitores, é esperar para ver o que o Oda planeia para o personagem, mas sem dúvida seria um erro ele ficar contra o Luffy nesta saga.
Para concluir, igual a Bleach, bem que One Piece podia andar um pouco mais depressa, porque este terceiro lugar também foi mais por exclusão de partes do que por mérito próprio.
2ºVagabond 302:
Em apenas dois capítulos, os dois depois da sua volta, me apercebi que Vagabond realmente não é tipo de manga que se deve ler no formato maratona, devorando capítulos atrás de capítulos, mas sim acompanhar em dia e ir vendo os capítulos a passo de caracol, para poder aproveitar cada um.
Lendo um capítulo por vez, sem pressa de chegar ao último, aproveita-se cada página do manga, aproveitando a arte, enquanto no formato maratona, mesmo que se pare e pense realmente é a melhor arte que já vi num manga, não se vai aproveitar a arte da mesma maneira, tendo destaque obviamente pela história.
Por isso, mesmo considerando Vagabond um excelente manga, sempre teve abaixo dos outros títulos do Takehiko Inoue, porque a arte é perfeita, mas a história nunca lhe chegou perto, até porque é uma adaptação. Quando se lê em maratona, mesmo que se tome tempo a apreciar a arte, o que vai falar mais forte é a história,já que isso é o que nos faz ler o próximo capítulo e não por querer ver levar com montão de imagens excelentes seguidas.
Olhando apenas um capítulo por vez dá para perceber aquilo que mais ou menos já tinha ficado claro, para Vagabond o que acontece com o Musashi no final é secundário, o principal é aproveitar todos os momentos pelo qual ele passou para lá chegar, aproveitando nesse período a arte perfeita do autor, acompanhado pela história do maior samurai do Japão. Basicamente aproveitar a arte em vez da história.
No capítulo 302 para quem pensava que o Inoue iria já partir para o final do manga, enganou-se, ele colocou aqui um travão na história, em vez de partir para a batalha final, o Musashi decidi parar para criar uma criança. Para a história é um recesso, para o objectivo principal do manga é mais um excelente capítulo, com a sua arte e com uma excelente história mostrada neste capítulo.
O que quero dizer, Vagabond não é uma história contada através de imagens, mas sim imagens que fazem uma história. Não sei se me consegui fazer entender, toquei várias vezes na mesma tecla e me repeti demasiado, mas tentando resumir, Vagabond não precisa de uma grande história para ser um grande manga, a sua arte chega e sobra.
1ºToriko 185:
Vou começar como uma pergunta o que diferencia referência de plágio? Porque esse tem vindo a ser o que mais se fala de Toriko, todas as suas referências a Dragon Ball, que neste capítulo ficaram mais que claras. A resposta para mim é simples, plágio é quando um autor claramente se inspira noutro e ainda tenta vender a sua obra como original. Já no caso de Toriko apesar de usar e abusar de referências a Dragon Ball, sempre ficou claro que o Shimabukuro está a falar de Dragon Ball não está a “vender” como original, apenas a fazer piada com isso.
Mas antes de comentar sobre o final do capítulo, como disse na semana passada, o mais difícil é fazer o primeiro, depois é apenas uma questão de tempo e Toriko e Komatsu mostram bem isso, já que agora conseguem passar em todos os testes com uma certa facilidade. Agora segue-se o maior de todos os testes para Toriko, o Caminho da Serpente ou como é chamado em Toriko, o Caminho das Bolhas.
A diferença entre os dois caminhos é que abaixo do Caminho das Bolhas não está o inferno, mas de certa maneira isso parece algo mais piedoso por parte do Akira Toryama, afinal o caminho é tão longo que a maioria não chegaria e teria de desistir a meio, mesmo que depois que o Goku conseguiu já todo o mundo conseguiu, e o que seria melhor morrer de fome ou ir parar ao Inferno. No Caminho das Bolhas não há escolha a não ser seguir em frente e arriscar a sorte ou voltar para trás como perdedor.
Por fim o momento WTF is this? Um pássaro gigante morto a voar, o que já tinha sido explicado no capítulo anterior, com 3 pessoas em cima dele, a velha que já tinha sido mencionada nos capítulos anteriores junto de dois iguaizinhos ao Toriko, um no Toriko em forma normal e o outro naquele modo de libertação de medo do Toriko. Sim isso ficou muito mais parecido com Nura Mago do que com Toriko, mas não me lembro como isso se chama em Toriko.
Para concluir, o mesmo que disse na semana passada esta saga pode muito bem vir a ser a melhor, agora só depende da maneira como o Shimabukuro irá desenvolver os próximos capítulos.
Ranking:
1ºToriko 185
2ºVagabond 302
3ºOne Piece 665
4ºBleach 490
5ºAo no Exorcist 34
6ºHerois da Fúria
7ºBeelzebub 154
8ºNaruto 584
9ºNew Prince of Tennis 73-74
10ºNisekoi 18
11ºReborn 383
12ºFairy Tail 281